“A ALE-AM teve um crescimento gigantesco em emendas e articulações”

O vice-presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), deputado Carlinhos Bessa (PV), avalia que o ano de 2021 a marca do poder legislativa foi um “gigantesco crescimento” em emendas parlamentares e articulações.

Em entrevista à coluna de política da rádio BandNews Difusora (93.7), Carlinhos Bessa afirmou que a atual legislatura, vista com desconfiança por ser formada por muitos deputados de primeiro mandato, é uma das melhores da históriia do poder legislativo estadual.

“Essa legislatura foi muito criticada no início pelo fato de ter muitas pessoas novas. Mas são pessoas muito competentes e copromissadas com o povo do Estado do Amazonas. Essa é uma das melhores mesas diretoras da história da Assembleia. A ALE-AM teve um crescimento gigantesco do trabalho parlmentar, de emenda parlamentar e articulação política em prol do povo do Estadado do Amazonas”, declarou.

Aprovadas no Governo José Melo e só executada no Governo Wilson Lima, as emendas parlamentares representam um total de R$ 341.594.000,00 do orçamento total, cuja execução é direcionada pelos deputados estaduais. Isso significa que cada um dos 24 deputados da ALE-AM dispõe de R$ 8.539.850,00 para emendas individuais e R$ 5.693.233,33 por meio das emendas coletivas, uma novidade criada este ano.

Na busca de voto em ano eleitoral, as emendas representam grande vantagem em relação aos demais candidatos. Além disso, as relações mantidas com o governo permitem outros tipos de influência na execução do orçamento.

Em 2021, a ALE-AM teve a imagem marcada pela omissão de atuação e debate a respeito das principais e graves denúncias apontadas por outros órgãos como ineficiência do governo do estado em relação, principalmente, ao sistema de saúde e na segurança pública. A ausência de debates no plenário da ALE-AM, muitas vezes esvaziado em sessões, foi outra marca.

Para Carlos Bessa, o atual presidente Roberto Cidade (PV), outro parlamentar de primeiro mandato, dirige o poder legislativo com zelo e em busca do melhor para o Estado e todos os deputados. “Sempre respeitando as diferenças de cada um, de uma forma educada. Tentando sempre compor da melhor forma possível para fazer o melhor pelo povo do estado do Amazonas.

Na entrevista, deputado também fez uma avaliação dos resultados da CPI da Amazonas Energia até o momento, sobre as necessidades do interior do Amazonas. “Precisamos ter gestores mais competentes e compromissados com o interior do Estado”.

O vice-presidente também afirma que a ALE-AM “está caminhando” para deixar de ser o único órgão a não dar transparência à folha de pagamento.

Carlos Bessa

Com base eleitoral em Tefé onde a família dele é uma das principais forças políticas, Carlinho Bessa conquistou o primeiro mandato de deputado estadual em 2018 e, de início, formou um grupo com os demais deputados de primeiro mandato liderados pelo então deputado estadual Josué Neto que, nesta articulaçãol, chegou à presidência da ALE-AM.

Bessa foi alçado a líder do governo e, pouco experiente assim como o próprio governo, foi retirado da função sem substituto. O governo prefeiru ficar sem líder por dois meses a permanecer com Carlinhos Bessa na função. Na ocasião, o deputado recebeu solidariedade no plenário de deputados da base e de oposição, mas permaneceu na situação.

No final do ano passado, o governou tentou emplarcar o nome da deputada Alessandra Campêlo (MDB) para a presidêcia da ALE-AM, que disputava a benção do governador Wilson Lima (PSC) com os deputados Roberto Cidade (PV) e Saulo Viana. Bessa foi apontada por Campêlo como “pivô articulador” do racha na base unindo Roberto Cidade a um grupo de deputados de oposição e independentes que elegeu o atual presidente. A mesma articulação levou Josué Neto ao cargo vitalício de conselheiro do TCE-AM (Tribunal de Contas do Estado do Amazonas) e Bessa ao de vice-presidente da ALE-AM.

Assista no link a entrevista completa:

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