
O candidato a prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (Podemos) declarou que a diferença entre o candidato das Eleições 2020 e o governante do passado é que agora ele está mais preparado pela experiência e com mais gana e vontade.
A declaração foi feita ao programa Exclusiva Especial Eleições da rádio BandNews Difusora (93.7) na tarde da sexta-feira, dia 9, ao ser questionado sobre a promessa de ampliação de vagas de creche do atual plano de governo e a de 2008, quando as 1000 creches viraram mote de críticas à imagem dele.
“Vocês sabem qual a diferença? É que eu sei mais, enxergo mais, tenho mais gana, mais vontade, mais desejo, mais interesse em ajudar as nossas crianças, sobretudo as pobres.”, declarou.
Amazonino disse que a promessa de campanha de 2008 foi deturpada pelos adversários. “O que estava prometendo era o [programa] Mãe Social, mais de 1000 mães sociais que é factível e fácil de fazer”, justificou.
O candidato chamou de “balela” a postura de ser eleger prioridades na administração, justificando que todos os problemas, passando pela saúde, transporte e educação, devem ser prioritários para um prefeito.
Sobre segurança pública, pauta de destaque na fala de vários candidatos, Amazonino disse que não ia apelar, que seria um soldado contra todos os tipos de violência, mas que sabe dos limites constitucionais de um prefeito.
“Não vão arrancar de mim uma promessa vã, mentirosa, mas sim apenas seriedade, competência, vontade de enfrentar e quero enfrentar tudo. Dentro dos limites possíveis a prefeitura fará o máximo para ajudar a eliminar o excesso de violência que tem nossa sofrida cidade”, declarou.
Aos 80 anos, cardíaco, diabético e grupo de risco para covid-19, a idade e a saúde de Amazoninno Mendes são usadas como argumentos contrários à sua capacidade de administrar Manaus pelos adversários.
O candidato disse que usará a ciência e a tecnologia em favor da administração púbica porque as mesmas permitem uma onipresença na cidade.
Amazonino também prometeu resolver os problemas do trânsito de Manaus, que se avoluma há décadas passando por ex-gestões dele, e disse que na última fez um esforço “gigantesco” neste sentido. “Talvez eu seja hoje um técnico sobre transporte público”, disse o candidato a respeito de si mesmo.
Cotado com vaga certa no segundo turno, o ex-governador evitou bola dividia com os demais candidatos e manteve tom crítico em relação à omissão de órgãos de controle sobre as investigações que envolvem a Operação Sangria.
Quatro vezes ex-governador e ex-prefeito de Manaus por três vezes, Amazonino tem liderado todas as pesquisas eleitorais há cerca de um ano.
Para o ex-governador que acumula 40 anos de disputas eleitorais e derrotado em 2018 pela onda do “novo”, a eleição deste ano é de “conceito” e, segundo ele, a seu favor está a marca administrativa de sua história. Amazonino disse estar insatisfeito com o que ocorre em Manaus e que, para ele, é um dever colocar seu capital de conhecimento mais uma vez a serviço do “seu povo”.
“O que me garante é o meu conceito: um homem que realiza, um homem que faz”.
Exclusiva
O programa Exclusiva, que vai ao ar todas as segundas-feiras na 93.7, iniciou uma série especial das Eleições 2020 para entrevistar os 11 candidatos à Prefeitura de Manaus.
Equipe Exclusiva:
Rosiene Carvalho / Apresentação
Thais Gama / ancoragem e apresentação
Patryck Vieira e Ricardo Chaves / Produção
Daniel Jordano / Editor executivo
Leia trechos da entrevista a seguir ou assista na íntegra neste link.
Longe de ser um capital de conhecimento meu, ele pertence ao meu povo. Então, é meu dever, sobretudo, embora com a idade que eu tenho, de enfrentar os problemas com todo o meu no-hall, meu conhecimento e a minha experiência.
Exclusiva: Por que o senhor quer ser prefeito de Manaus pela quarta vez?
Amazonino Mendes: Bom, na verdade quero ser candidato porque eu não estou satisfeito. Acho que muita coisa pode ser feita e todo o aprendizado que o povo me deu ao longo da minha vida eu entendo como um capital do povo. Longe de ser um capital de conhecimento meu, ele pertence ao meu povo. Então, é meu dever, sobretudo, embora com a idade que eu tenho, de enfrentar os problemas com todo o meu no-hall, meu conhecimento e a minha experiência.
Exclusiva: Candidato, caso eleito, qual seria a sua prioridade? Qual o principal problema que a capital enfrenta?
Amazonino Mendes: Olha, esse negócio de prioridade é balela, é conversa. Tudo é prioritário… educação, saúde e transporte. Tudo é prioritário. Governei várias vezes e sei quando um governante fala em prioridade ou ele está equivocado ou fala de má fé e não sabe o que está falando. Se as crianças estão chorando com fome nos bairros, isso é prioridade. Como hospitais são prioridade, como segurança é prioridade, educação prioridade tudo é prioridade. Esse é meu ponto de vista, é assim que analiso com minha experiência e a minha vivência.
Vocês sabem qual a diferença? É que eu sei mais, enxergo mais, tenho mais gana, mais vontade, mais desejo, mais interesse em ajudar as nossas crianças, sobretudo as pobres.
Exclusiva: No seu programa de governo apresentando ao TRE, no tema educação diz que o senhor se propõe a criar o programa Bolsa Infantil ampliando a oferta de atendimento em creches para as famílias em vulnerabilidade social. O que há de diferente entre o compromisso do candidato Amazonino desta eleição em relação ao candidato que disputou e ganhou a eleição em 2008?
Amazonino Mendes: Fundamentalmente as coisas são similares. Eu acredito que esse programa exposto agora para atender uma exigência inclusive eleitoral. (Quero) informar que eu quero muito mais além desse programa. Vocês sabem qual a diferença? É que eu sei mais, enxergo mais, tenho mais gana, mais vontade, mais desejo, mais interesse em ajudar as nossas crianças, sobretudo as pobres, as crianças muito pobres. Diria que esse é um foco extremamente importante na minha futura administração.
Exclusiva: Nós entrevistamos aqui nove candidatos e a maioria deles promete vagas de creches. Queria lembrar que naquela eleição de 2008, e isso é usado contra o senhor pelos adversários, houve a promessa das 1000 creches. Qual a diferença da proposta deste ano para a eleição passada?
Amazonino Mendes: Com todo respeito, acho uma pobreza mental enorme porque eu já respondi e expliquei sobre isso umas 500 vezes ou mais. Lamento que se faça política e oposição com matéria requentada e uma matéria desmistificada. Essa não é a realidade. O que estava prometendo era o [programa] Mãe Social, mais de 1000 mães sociais que é factível e fácil de fazer.
Peguei uma prefeitura que não tinha dinheiro, não tinha recurso e não tinha nada. Então, eu fiz isso porque era meu desejo, minha vontade e dizer que ia fazer isso. Seria necessário eu fazer uma creche, em um dia e meio, durante todo o mandato…você não esta vendo que isso é uma forçada de barra desavergonhada de quem não tem condição de fazer política? Veja você, essa história já dura quantos anos? Sempre volta.
É isso que tem que falar do Amazonino que já foi quatro vezes governador e três vezes prefeito? Por isso, termino essa resposta como comecei, e com todo respeito, isso é uma enorme pobreza mental.
Exclusiva: No seu plano de governo, o senhor afirma que vai reativar e ampliar os serviços itinerantes de saúde e aí lembra da carreta da saúde da mulher. O senhor sabe o que foi feito do programa e dos equipamentos que tinham na carreta da mulher?
Amazonino Mendes: A carretas das mulheres foi algo desenhado na minha administração. Isso foi uma promessa da Dilma quando presidente, mas ela não fez nada e eu me lembro que desenhei, adaptei e trouxe 12 carretas dessa pra nossa cidade [e] foi um sucesso. Nós socorremos e ajudamos as milhares e milhares de mulheres, nós livramos e fizemos prevenção de câncer de mama, papa Nicolau e câncer de útero também, é algo que quero voltar com muito mais força porque é fundamental a gente salva vidas e é um grande respeito a mulher.
Hoje a necessidade da onipresença administrativa é fundamental e isso não acontece com a presença física, é impossível, hoje a coisa se ampliou [e] melhorou ficou mais ampla. Através da tecnologia a gente pode estar em todo lugar, a gente pode ter um olho em todo lugar
Exclusivas: De que forma a ciência, a tecnologia e a inovação tecnológica serão usadas num governo do senhor, caso seja eleito?
Amazonino Mendes: Hoje é indispensável o uso da tecnologia em qualquer nível de qualquer setor área, qualquer distância e momento. Nunca foi tão importante. O interessante que coincidiu as necessidades com as ofertas. Hoje a necessidade da onipresença administrativa é fundamental e isso não acontece com a presença física, é impossível, hoje a coisa se ampliou [e] melhorou ficou mais ampla.
Através da tecnologia a gente pode estar em todo lugar, a gente pode ter um olho em todo lugar, a gente pode ter a mão amiga em todo lugar, a gente pode ouvir queixas em todo lugar então é indispensável e será parte fundamental da minha administração. Aqui quero levantar uma partezinha. Eu não sou especialista como todo cidadão idoso tem alguma dificuldade no manuseio cibernético, mas, eu adoro e como eu agradeço esses gênios da humanidade que nos facilitam mais a vida. Tudo bem. Hoje a tecnologia é tudo.
Sou conhecido na minha vida público como defensor intransigente da Zona Franca.
Exclusiva: Qual, na sua opinião, deve ser o papel do prefeito de Manaus em relação à questão ambiental, meio ambiente e também ao tema Zona Franca de Manaus?
Amazonino Mendes: Sou conhecido na minha vida público como defensor intransigente da Zona Franca. Sou extremamente consciente que a Zona Franca é que nos sustenta, embora ela aqui e ali entre em crise e a gente necessite da ousadia, inteligência e patriotismo de políticos nossos, que se tornam a cada momento verdadeiros Davis enfrentando Golias. Então, eu como prefeito estaria extremamente aberto a essa luta, esse trabalho. Quando fui senador trouxe a realização para dar acento no Conselho da Suframa aos prefeitos das capitais do norte do Brasil.
Hoje, o prefeito tem acento no Conselho da Suframa graças a mim, que sempre tive preocupação e em alguns momentos fui prefeito de Manaus. Então, minha gente, isso é um dever de cada um de nós, não é obrigação do prefeito. No meu caso, é extensão sentimental, intelectual é conhecimento da nossa realidade. Lamentar profundamente que alguns políticos nem sequer tomam conhecimentos, nem sabem…ouvem falar mas não sabem nem o que é. Essa é a grande verdade, triste verdade que nós temos. É isso aí.
Você jamais irá ouvir da minha boca algo pra denegrir qualquer um dos meus parceiros que estão disputando a prefeitura. Respeito todos eles.
Exclusiva: Entre esses políticos o senhor considera que desconhecem tecnicamente a importância da Zona Franca para Manaus, há candidatos a prefeito nesta eleição?
Amazonino Mendes: Você jamais irá ouvir da minha boca algo pra denegrir qualquer um dos meus parceiros que estão disputando a prefeitura. Respeito todos eles.
Licenças (ambientais), por exemplo – sejam expedidas, sejam rápidas e a repartição não fique enrolando. Isso prejudica tudo, prejudica a economia, prejudica tudo não apenas a pessoa. Isso é abusivo e errado.
Exclusiva: Sobre a pergunta passada, lhe perguntei também sobre questão ambiental. Qual deve ser o papel do prefeito de Manaus na questão ambiental?
Amazonino Mendes: A questão ambiental é o que existe nas normas nacionais nas áreas urbanas e nas áreas urbanas você tem que seguir a lei. Agora, o que é urgente é você fazer com que essas ações de ordem administrativa – sejam umas licenças, por exemplo – sejam expedidas, sejam rápidas e a repartição não fique enrolando. Isso prejudica tudo, prejudica a economia, prejudica tudo não apenas a pessoa. Isso é abusivo e errado.
Eu não dei motoserra pra madeireiro, dei motoserra pro seu irmão caboclo que está no interior espocando as mãos num cabo de uma enxada para fazer a sua tapera, sua canoa.
tirei o nosso caboclo também da escravidão do remo.
Exclusiva: Candidato, a sua imagem era de um governante que distribuía para as pessoas a motoserra. Passado o tempo, o que mudou na sua forma de pensar com relação a essa questão ambiental e a função dos políticos sobre o tema?
Amazonino Mendes: Olha, meu anjo, me desculpe o que eu estou ouvindo é que é a famosa pobreza mental. Escute bem, ouça com calma que eu vou lhe falar, é muito importante. Eu não dei motoserra para madeireiro, dei motoserra pro seu irmão caboclo que está no interior espocando as mãos num cabo de uma enxada para fazer a sua tapera, sua canoa. Tanto que as estatísticas mostraram que não se aumentou um metro sequer de extração de madeira.
Lamentavelmente essa falta de conhecimento, impatriótica, desumana, cruel terminou proibindo nosso irmão caboclo de ter acesso a tecnologia. Uma coisa é uma faca na cozinha pra você prepara seus alimentos, outra coisa é essa mesma faca na cintura de um bandido que tira a vida dos outros, existe uma diferença muito grande.
Veja bem, o que o Amazonino fez e tenho orgulho do que fiz. Como tirei o nosso caboclo também da escravidão do remo. Não se esqueça que seu amigo aqui modestamente tocou um projeto, um plano que libertou o homem do remo. Nosso caboclo do interior, todo ele, hoje tem motor de poupa. Esse espírito é praticamente igual ao que quando se deu naquele tempo motoserra para o nosso caboclo. O que você acha?
Exclusiva: Candidato, qual vai ser a relação administrativa sua com os indígenas e imigrantes que moram em Manaus. Em março deste ano, cerca de cinco mil famílias que moravam em situação de vulnerabilidade social foram retiradas da ocupação Monte Horebe entre as quais as famílias de indígenas, haitianos e venezuelanos. Qual vai ser sua relação com essa população?
Amazonino Mendes: Você sabe que o Amazonino foi sempre também caracterizado como um homem preocupado com a questão social, habitacional e, sobretudo dos desvalidos. Vou prestar minha assistência social com todo o amor que tenho, com toda a força que sempre demonstrei nessas horas, é simples. Você não acha que governo de prefeitura, sobretudo é fundamentalmente um governo do povo que está abandonado, que está necessitado? Esse é o principal foco de um governante municipal.
Quando eu passei pela prefeitura eu tentei organizar o setor de transporte. Todo mundo é testemunha do esforço gigantesco que fiz.
Talvez eu seja hoje um técnico sobre transporte público.
Exclusiva: De acordo com o seu plano de governo, o seu intuito é de desafogar os horários de pico com aplicação de tecnologia, sincronizar os semáforos e inclusive ter câmeras inteligentes. O senhor já foi prefeito no último mandato que terminou em 2012. Dá para fazer desde aquela época? Podia ter sido feito também?
Amazonino Mendes: Ainda pouco falei pra você que não há prioridade. Tudo é prioridade. Transporte público, locomoção, a mobilidade urbana, a organização do trânsito são coisas fundamentais numa cidade. Nós sabemos que a nossa situação é caótica. Quando eu passei pela prefeitura eu tentei organizar o setor de transporte. Todo mundo é testemunha do esforço gigantesco que fiz. Nós chegamos a colocar 1.200 ônibus novos em Manaus e ia consertar os sistemas das várias modalidades de operação.
Nós fizemos desde que me entendo e eu fui prefeito lá trás. Até hoje a nossa estação rodoviária foi ainda a que eu fiz. Naquele tempo, eu viajei e fui pra Curitiba aprender sobre transporte público. Talvez eu seja hoje um técnico sobre transporte público. Isso é uma coisa que nós precisamos atacar com força como por igual, paralelamente, nós temos outros 100 números de problemas. A verdade é essa.
Você não pode acreditar no que os candidatos falam de um modo geral. Eu respeito e não crítico. Cada qual com seu cada qual.
Exclusiva: A segurança pública, embora não seja da alçada da prefeitura, virou destaque nas promessas de campanha da maioria dos candidatos que entrevistamos. Muitos candidatos defendem uma guarda municipal armada. Vi que no seu plano de governo, que existe algumas linhas falando a esse respeito incluindo ronda da guarda municipal, melhor iluminação nas paradas de ônibus. Qual é, na sua opinião, a função da prefeitura neste sentido?
Amazonino Mendes: Olha, quem nos disciplina e orienta é a Constituição. Ela define qual é a parte que a prefeitura pode fazer e o que o Estado e União podem fazer no que diz respeito à segurança. Na verdade, tecnicamente a prefeitura pode ter seus guardas voltados para proteger o patrimônio municipal. Agora, dada essa situação caótica e crítica que o Brasil vive na questão de segurança, muitas prefeituras estão tentando armar a guarda municipal até o limite possível permitido pela lei.
Entendo que a segurança é fundamental, especial e inafastável. Como eu farei, não vou fazer promessas aqui, isso é leviano, é mais pra caçar voto isso. Acho que não precisa apelar. Essa eu acho que é mais uma eleição de conceito. Você não pode acreditar no que os candidatos falam de um modo geral. Eu respeito e não crítico. Cada qual com seu cada qual.
A violência é condenável em qualquer nível, qualquer área, qualquer momento e qualquer setor. Eu serei um soldado contra violência, lutarei contra a violência, estarei na linha de frente para lutar pra lutar contra a violência, mas não sou mentiroso. Eu não vou falar aqui o que não é possível fazer. Como governador, sim, como prefeito há os limites constitucionais.
Exclusiva: O senhor e os outros dez candidatos disputam a prefeitura de uma cidade que é marcada pela violência, incluindo a violência policial, a exemplo de uma suspeita de chacina que ocorreu no Crespo no ano passado, por exemplo. Como o senhor imagina que deve ser a atuação do prefeito, esse elo com o próprio Governo do Estado, na tentativa de minimizar o efeito da violência, em seus vários setores, em Manaus?
Amazonino Mendes: A violência é condenável em qualquer nível, qualquer área, qualquer momento e qualquer setor. Eu serei um soldado contra violência, lutarei contra a violência, estarei na linha de frente para lutar pra lutar contra a violência, mas não sou mentiroso. Eu não vou falar aqui o que não é possível fazer. Como governador, sim, como prefeito há os limites constitucionais.
Então, é isso que quero deixar claro aqui nessa entrevista. Não vão arrancar de mim uma promessa vã, mentirosa, mas sim apenas seriedade, competência, vontade de enfrentar e quero enfrentar tudo. Dentro dos limites possíveis a prefeitura fará o máximo para ajudar a eliminar o excesso de violência que tem nossa sofrida cidade.
Nós não tivemos junto às nossas autoridades pertinentes, nós não tivemos nenhuma ação realmente concreta, eficaz e verdadeira para conter ou castigar essa infâmia, essa maldade que se abateu sobre a população amazonense, principalmente manauara. Não é verdade?
Exclusiva: Candidato, na sua convenção, o senhor declarou: “Essa mesma gente que assalta hoje, mancomunada com órgão – o que é mais incrível – órgãos públicos que tinham obrigação de zelar pelo povo e se tornam aliados disso e fazem de uma forma descarada”. Esta frase foi interpretada como uma crítica sua à atuação dos órgãos de controle, que são Ministério Público, Poder Legislativo – Assembleia ou Câmara – e Tribunal de Contas. O senhor acha que uma omissão ou cumplicidade destes órgãos prejudica e é responsável pelo estado de coisas em Manaus e no Amazonas, relacionada à corrupção e a própria não aplicação correta do dinheiro público?
Amazonino Mendes: Eu não me alegro em dizer para você que as recentes prisões, a famosa operação Sangria da Polícia Federal aqui no nosso estado, na nossa capital ela acontece, em que pese, o arquivamento dos resultados da comissão da CPI sobre saúde pública… Na verdade, nós não tivemos junto às nossas autoridades pertinentes, nós não tivemos nenhuma ação realmente concreta, eficaz e verdadeira para conter ou castigar essa infâmia, essa maldade que se abateu sobre a população amazonense, principalmente manauara. Não é verdade?
Então, eu acredito que não insultei ninguém, que não denegri ninguém, que não cometi nenhum delito. Apenas fiz um ligeiro comentário que me é natural no momento certo, no lançamento da minha candidatura.
Ouvinte: A campanha do candidato promete entregas. Quando ele vai entregar aquela fonte lá na Bola do Mindu?
Amazonino Mendes: Olha, eu tenho feito muito trabalho nos bairros de Manaus. Seguramente, quem mais asfaltou esta cidade, quem mais fez escolas, quem mais fez casas de saúde, quem mais ajudou no transporte… Honestamente, eu, com todo respeito por quem perguntou, tem todo direito de perguntar, mas pergunte mais, pergunte exatamente sobre o que eu falei, pergunte sobre transporte, sobre as carências básicas. Eu ficaria muito mais feliz com uma cidade mais atenta do que uma das mil questões, como o caso da ponte, que eu honestamente nem sei se fiz e nem sei se prometi.
“O meu patrão é o povo. Eu levo isso muito a sério”
Ouvinte: Qual a principal mudança do Amazonino que perdeu a reeleição pro governo do estado pro Amazonino que disputa a prefeitura da capital? Qual aprendizado com a derrota?
Amazonino Mendes: O político tem um patrão: o povo. O meu patrão é o povo. Eu levo isso tanto a sério que, quando perdi, tinha condição como todo político, que via de regra faz, de apelar ao TRE-AM. Não fiz, pelo contrário. Apenas eu almejava que o povo fosse feliz e que o Estado se desse bem. O povo fez opção pela juventude, que supunha ia resolver seus problemas. É isso aí. É normal.
As minhas administrações sempre foram feitas com recursos próprios. Sem empréstimo. Mas acredito que agora está na hora de fazer um empréstimo.
Ouvinte: Qual sua obra para o porto de Manaus, a escadaria?
Amazonino Mendes: Olha, teríamos que elaborar um projeto com muita consciência. Toda a área do Centro. Isso é para ser cartão postal. Independentemente da carência de recursos, acho que dá para fazer um projeto para ser financiado com verbas federais, coisa que eu não sou muito afeito. As minhas administrações sempre foram feitas com recursos próprios. Sem empréstimo. Mas acredito que agora está na hora de fazer um empréstimo.
O que me garante é o meu conceito: um homem que realiza, um homem que faz.
Ouvinte: O que nos faz acreditar que ele fará algo para melhorar nossa cidade?
Amazonino Mendes: Porque o pai aqui entrega, né? O pai aqui está on. O pai tem todo um histórico de vida. O que me garante é o meu conceito: um homem que realiza, um homem que faz.
Ouvinte: Por que o candidato não foi ao debate?
Amazonino Mendes: Eu acho que é um caso simples de saúde pública. Você não arrisca sua saúde. Eu acho uma falta de responsabilidade, de sensibilidade. Eu lamento muito. Soube de companheiros que disputam a prefeitura que ficaram de cama com covid. Você acha isso certo?
Exclusiva: Suas considerações finais…
Amazonino Mendes: Muito obrigado. Um abraço a vocês que estão aí cumprindo as obrigações de vocês por força da lei eleitoral. Um abraço a todos que estão aí trabalhando na rádio. Peço a Deus que cubra de bênçãos o nosso povo que já sofreu e está sofrendo demais com essa pandemia, que é um dos maiores flagelos da modernidade se não o maior flagelo da modernidade. Uma guerra invisível que nós estamos tratando. Uma coisa que nos tolhe, que nos inibe. Corta a sociabilidade.
Traz a tristeza, a insegurança e as pessoas, entes queridos que morreram. Isso tudo é muito triste, é muito doloroso e aproveito o ensejo para me solidarizar com essas famílias enlutadas e mais uma vez o que nós podemos fazer é pedir a Deus que nos livre e abençoe.