Caso Sotero: Cena do crime foi limpa antes da perícia porque delegado liberou

*Matéria atualizada às 12h11 do dia 28/10/2019

A assistente de acusação no julgamento de Gustavo Sotero pelo homicídio do advogado Wilson Justo, a advogada Catharina Estrella, afirmou que a perícia no Porão do Alemão foi prejudicada porque um delegado que conduzia a investigação liberou o local para limpeza antes da perícia.

“A área não foi preservada pela polícia. Na verdade, apurou-se que a perícia estava em deslocamento ao Porão quando houve o cancelamento”, declarou a advogada.

Veja o documento da investigação que consta nos autos e será exposto ao júri no julgamento de terça-feira, dia 29:

Catharina Estrella disse que Sotero não agiu conforme o treinamento que policiais recebem e que atirou para matar desde o primeiro disparo, colocando a vida de várias pessoas em risco. Ela usará depoimento de testemunha indicada pela defesa para apontar que o comportamento não foi adequado. Veja o vídeo na matéria deste link.

“Wilson não é e nunca foi criminoso. Criminoso é quem age como o cliente dele, o Sotero, que tendo treinamento adequado não o utiliza e age como um terrorista dentro de uma boate e só parou de atirar para a arma travou no quinto tiro. A arma entrou em incidente de tiro, senão ele continuaria a atirar”, declarou.

A advogada diz que a acusação teve acesso a um outro documento que, segundo ela, indicam a autorização para que o local fosse limpo antes da perícia. “QTA significa cancelamento. A perícia que estava sendo encaminhada ao Porão foi cancelada”, declarou.