
O PSL no Amazonas, que trocou no início de janeiro o comando estadual da sigla com a saída do tenente-coronel da reserva da PM-AM (Polícia Militar do Amazonas) Ubirajara Rosses pelo delegado federal e deputado federal eleito, Pablo Olivar, tem vivido capítulos internos de rachas e divisão de grupos após a troca.
DESENTENDIMENTOS
Aliados de Ubirajara Rosses consideraram “pernada” a retirada dele da presidência estadual do partido e informam que a mudança precedeu desentendimentos entre os dois na frente de dirigentes nacionais do PSL.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020
Os grupos internos que começam a ser formar no PSL Amazonas avaliam que as possíveis quedas de braço por poder, neste período, podem favorecer o grupo de Ubirajara Rosses e do deputado estadual Delegado Péricles.
Isso porque o parlamentar, que inicia o primeiro mandato na ALE-AM no dia 1º de fevereiro, é o presidente municipal do partido e nas eleições de 2020 as definições de alianças e candidaturas são tratadas pelos diretórios municipais.
PODER
O PT, que comandou o País por 14 anos, viveu conflitos regionais semelhantes que foram parte do contexto que deixou a sigla sempre à margem do poder central no Estado e do protagonismo nas eleições, privilegiando grupos políticos externos ao partido nas composições nacionais e estaduais.
MENOS DE UM ANO
Rosses chegou à presidência da sigla num contexto em que o partido saiu das mãos do deputado estadual Platiny Soares (PSB), aliado de David Almeida (PSB), em março do ano passado quando o presidente da ALE-AM articulava composição para as Eleições 2018.
Dias após divulgar que assumiu o PSL, Platiny perdeu a presidência e foi acolhido no PSB de Serafim Corrêa. Mas não conseguiu se reeleger.
Depois, David chegou a articular que o coronel Alfredo Menezes, hoje contado para superintendência da Suframa e filiado ao PSL-AM, fosse o seu vice na disputa ao governo do Estado, mas a aliança não se efetivou e o PSL fechou com a coligação de Amazonino Mendes (PDT).
Foto: Divulgação rede social Ubirajara Rosses.