
A diretora-presidente da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), Rosemary Costa Pinto, declarou durante a entrevista coletiva desta terça-feira, dia 24, que, ao ver pessoas circulando na cidade num momento em que as autoridades de saúde recomendam o isolamento social, tem vontade de pegar um megafone e mandar as pessoas para casa.
“Ainda estamos vendo muitas pessoas pela rua. E aí dá vontade de parar essas pessoas ou de usar um megafone e mandá-las para casa. Então, por favor, fiquem em casa. Quem puder, fique em casa. Existem as exceções. Aqueles profissionais que precisam trabalhar. Não podemos parar padarias, supermercados, drogarias, algumas áreas sensíveis do Distrito Industrial”, recomendou.
Ropsemary disse que reconhece que os decretos impõem medidas duras e difíceis, mas o objetivo é prevenir um número grande registros da doença ao mesmo tempo e mortes pelo covid-19.
“Sua forma de colaborar conosco é ficando em casa, evitando circular.
Diminuição da circulação
O Governo do Amazonas adotou medidas de restrição da circulação no Estado, entre os quais decretos para fechamento de espaços comerciais considerados não essenciais, como bares, shoppings e academias.
Também por decreto determinou a suspensão do transporte fluvial de passageiros no estado. A decisão foi polêmica porque uma medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro anulava a determinação do governo, o que foi suspenso por uma decisão da juíza federal Jaiza Fraixe, segundo informou a Secom (Secretaria de Estado de Comunicação).
Outra medida adotada para diminuir circulação e contágio pela doença foi a restrição ao transporte de passageiros em estradas estaduais. Na coletiva desta terça-feira, a diretora-presidente da FVS declarou que fiscais iriam impedir este tipo de circulação na rodoviária de Manaus.
De acordo com informações divulgadas pela Secom nesta terça-feira, dia 24, a PM-AM (Polícia Militar do Amazonas) recebeu 611 denúncias de descumprimento do decreto de suspensão do funcionamento de bares, igrejas e outros.
Hospital de Campanha
Secretária Executiva Adjunta da Capital, Daiana Mejia, declarou na coletiva desta terça-feira que o Amazonas não precisa montar estruturas de hospitais de campanha como está ocorrendo em outros estados em função da capacidade de expansão de leitos dentro do próprio hospital Delphina Aziz.
A unidade pode chegar, segundo a secretária, a 350 leitos e, na área externa do hospital, há a possibilidade de aumentar ainda mais o número de leitos com maior segurança e estrutura hospitalar.
“Os demais estão traçando esta alternativa pela incapacidade de expansão de estrutura física, neste momento. Não é o nosso caso. Temos esta estrutura ampliável, de acordo com nossas necessidades”, disse a secretária.
Exames no Lacen
A diretora-presidente da FVS informou que o Amazonas tem capacidade hoje de processar até 80 exames por dia. “Estamos em fase adiantada de aquisição de equipamento para triplicar esta capacidade”.
Rosemay disse não faltam insumos para exames, mas é preciso fazer uso racional deles.
47 casos confirmados até terça, dia 24
De acordo com informações divulgadas na coletiva desta terça-feira, dia 24, pela FVS, o Amazonas registrou 47 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) e 15 casos suspeitos que estão em investigação. Ou seja, pessoas que fizeram teste e aguardam o resultado, em isolamento.
Na noite desta terça-feira, o Governo do Amazonas confirmou a primeira morte de paciente internado por covid-19.