Defesa do governo não é feita com cara e voz de autoridade

Prédio da Sefaz. Foto: Divulgação Sefaz

✔ Os deputados federais Silas Câmara (PRB) e Marcelo Ramos (PR) questionam a possibilidade de aumento da conta de energia no Amazonas, a partir do decreto do governador Wilson Lima (PSC), em Brasília.

✔ Silas já acionou a Aneel e cogita levar representantes do governo à Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados. Marcelo Ramos disse que vai levar a questão à análise do STF.

✔ O deputado estadual Wilker Barreto contestou o decreto no TJ-AM e quer apresentar derrubada da medida do governador na ALE-AM, onde o clima entre os deputados após a polêmica não é confortável.

✔ A repercussão sobre o decreto apontado como possível de aumentar o gasto com energia por parte do consumidor, embora o governo por meio de nota negue, já aparece como nova tensão do Governo Wilson Lima que ainda nem saiu da greve de mais de 40 dias da Educação.

✔ A dificuldade de articulação política e de comunicação mais uma vez se ressalta neste novo capítulo de questionamentos ao governo.

✔ Enquanto o governo nega o efeito apontado por Marcelo Ramos no bolso do consumidor por meio de uma nota extremamente técnica e uma entrevista de um auditor fiscal da Sefaz, vozes com contexto de autoridade e credibilidade no assunto apontam para outro lado.

✔ Quem fala contra o governo é um deputado federal que não se pode dizer que precise desta polêmica para aparecer ou se projetar na mídia, neste momento: Marcelo Ramos preside a Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados e, há duas semanas, está nas páginas de todos os jornais e sites do País.

✔ Mas, cotado como nome para disputar a Prefeitura de Manaus em 2020, Marcelo ganha palanque com o assunto. Ainda mais se tiver razão.

✔ Outra voz que aponta que o consumidor vai ter aumento na conta de luz é o senador Eduardo Braga (MDB), que foi governador do Amazonas por duas vezes e é ex-ministro de Minas e Energia. Além disso, tributaristas respeitados também compartilham desta mesma interpretação sobre o impacto no consumidor.

✔ A confusão aumenta em função da resposta e defesa do governo que não ter cara e voz de autoridade. O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi chamado de “incapaz de governar” por Marcelo Ramos e manteve silêncio.

✔ Não precisava cair no bate-boca inútil. Mas uma resposta mais firme, com forma e com cara de autoridade poderia passar mais credibilidade ao que argumenta o governo.

Foto: Divulgação Sefaz

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