Del Giglio, Josué, Luiz Castro e lideranças sindicais são destaques na greve de professores

Mesa de negociação da greve de professores na ALE-AM. Alex Del Giglio, Josué Neto e Professor Lamber da Assprom. 
Foto: Joel Arthus/Divulgação Assessoria de Comunicação Josué Neto

✔ A greve de quase 40 dias na Educação, que caminha para o fim após entendimento entre os lados com a condução da ALE-AM e a aprovação unânime da data-base de 2019 na manhã desta quinta-feira, dia 23, colocou nomes em destaque durante o processo desgastante para todos os lados.

✔ A crise no setor foi o primeiro grande teste de liderança e governabilidade do Governo Wilson Lima. Deixou sinais. No pico da crise, o governador chamou uma coletiva de mídia para anunciar uma medida negativa e passou o limão para a ALE-AM.

✔ Na ALE-AM, parlamentares que participaram da mesa de negociação destacaram a condução que o presidente do legislativo teve na desobstrução do canal de comunicação entre governo e professores.

✔ A deputada estadual e vice-presidente da ALE-AM, Alessandra Campelo (MDB), disse que Josué Neto demonstrou habilidade política e paciência para chegar à convergência de entendimento entre dois lados que não conseguiam conversar.

✔ O percentual pretendido pelos professores não passou nem perto de ser cogitado: era de 15%. O governo ofereceu 3,93% e, após a categoria convencer o governo que havia perdas inflacionais anteriores, o percentual da data-base de 2019 foi para 4,7%. Quando o problema chegou na ALE-AM, já era essa proposta do Executivo. Se os lados estavam irredutíveis em função do percentual e este item ficou o mesmo, a diferença foi o ambiente e a forma como as conversas foram conduzidas.

✔ O secretário de Estado de Fazenda, Alex Del Giglio, foi considerado por parlamentares como um facilitador para desfazer a confusão do setor. Com perfil técnico, Del Giglio participou de quase todas as rodadas de conversas sobre a greve e conquistou respeito até de parlamentares da oposição na ALE-AM. Parlamentares destacaram a postura “séria” e “humilde” do secretário.

✔ A comunicação política estabelecida na ALE-AM, aliada a esclarecimentos técnicos a partir da orientação de Del Giglio, foram considerados fatores determinantes para o fim da greve.

✔ As lideranças sindicais também demonstraram força na condução de um movimento longo e resistente. Embora as conquistas de benefícios pareçam poucas diante do que recebem funcionários do judiciário e do legislativo, o montante do impacto no orçamento do Estado para 36 mil professores é alto. Conseguir avançar no auxílio-localidade, alimentação e transporte é uma vitória num momento de crise econômica e necessidade de cortes pelo poder público.

✔ Braço político da votação histórica que o trio Wilson Lima, Carlos Almeida Filho e Luiz Castro conquistou nas urnas em 2018, o secretário de Estado de Educação foi destaque neste processo porque saiu com os maiores arranhões. O final da greve coloca Luiz Castro como mal avaliado nos comentários vindo de todos os lados: membros do governo, professores e deputados estaduais.

✔ Quem participou da agenda do governador nesta quarta-feira, em Parintins, não pode deixar de notar a expressão cabisbaixa do secretário da Seduc.

Foto: Joel Arthus/Divulgação Assessoria de Comunicação Josué Neto