
A eleição para a nova gestão do TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas) só será em abril do ano que vem, mas intensa movimentação e informações de bastidores sobre disputa circulam no judiciário.
O grupo que elegeu o desembargador Yêdo Simões na sucessão do desembargador Flávio Pascarelli aparentemente caminha em torno dos nomes de Domingos Chalub para a presidência, Carla Reis para vice-presidente e Nélia Caminha para corregedora.
O blog apurou que o desembargador Chalub já está inserido e participa de discussões sobre metas e o que será posto em execução no próximo ano, como se estivesse em curso uma espécie de “transição” da gestão.
Quer disputar
No entanto, fontes do TJ-AM indicam quem a desembargadora Socorro Guedes, que perdeu a chance de ser presidente pela regra antiga quando a antiguidade levava ao cargo, se movimenta para voltar à disputa.
A chapa com Chalub para presidência contou com este movimento quando colocou na composição nome que era do grupo de Socorro Guedes.
Ruídos
Porém, a aparente união do grupo dá sinais de ruídos. Magistrados e funcionários do TJ-AM relataram ao blog que há desconfiança no grupo que a atual presidência possa apoiar Socorro Guedes.
Aliados de Yêdo Simões e Flávio Pascarelli tentam desarticular e desmentir esta informação. Dizem que se tratam de movimentos para criar cizânia.
Magistrado aliado do desembargador Pascarelli indica que, nesta possibilidade, há um “Plano B”, em que o nome do desembargador Lafayette Carneiro Vieira Júnior pode surgir como o candidato à presidência do TJ-AM.
Lafayette é considerado por outros interlocutores de desembargadores como possibilidade também para o TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas).
A depender das peças e jogadas nesta disputa interna, Lafayette é apontado para o TRE-AM, inclusive num cenário parecido com o que tirou do desembargador Mauro Bessa da recondução e presidência do tribunal no período do Governo José Melo.
Naquela ocasião, foi quebrada a tradição da recondução e aclamação do magistrado como presidente do TRE-AM. Quem está nesta posição hoje é o desembargador Aristóteles Thury.
Presidência
Além de representar o cargo mais alto e importante do poder judiciário, o presidente do tribunal é o gestor do orçamento que este ano é de R$ 730.977.266,23. Os eleitores na disputa para a presidência do TJ-AM são os 26 desembargadores.
Foto: Raphael Alves/ TJ-AM