Dois meses após apresentar versão desmentida pela polícia, Arthur diz que Caso Flávio é com a justiça

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), ao ser questionado pelo blog sobre a conclusão do inquérito do homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues envolvendo o enteado dele, Alejandro Valeiko, respondeu:

“Isso aí quem vai decidir mesmo e dar a palavra que interessa é a justiça. Eu simplesmente, nem advogado sou. Eu sou bacharel em Direito. Não gosto de Direito. Optei mais por economia e diplomacia. De direito entendo pouco. Mas entendo que justiça é para se fazer”.

Arthur acrescentou: “No momento certo, a justiça será feita”.

Há exatos 59 dias, o prefeito de Manaus postou na madrugada do dia 1º de outubro a primeira versão para o homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues, quando a Polícia Civil ainda iniciava a investigação do caso. A partir da versão que apresentou, Arthur pediu fim das suspeita em relação ao enteado.

Arthur disse que homens encapuzados ligados ao tráfico de drogas invadiram o condomínio e a casa de Alejandro Valeiko para cobrar dívida de Flávio Rodrigues e o levaram do local.

Flávio foi encontrado morto com marcas de seis facadas. O segundo agredido no episódio, Elielton Magno, também foi agredido a facadas.

Os crimes envolvendo tráfico de drogas em Manaus, em geral, têm registros de execução e decapitação das vítimas.

A versão foi descartada pela polícia em menos de 24 horas e a presença de um funcionário e carro da prefeitura foram uma das primeiras informações que levaram o tucano a uma crise na imagem da sua administração.

Indiciamentos

A Polícia Civil concluiu o inquérito e o enteado do prefeito foi indicado, segundo a defesa, por omissão de socorro no homicídio de Flávio Rodrigues, na tentativa de homicídio contra Elielton Magno de Menezes Gomes Júnior – o homem que foi ferido na casa de Alejandro e socorrido na portaria do condomínio no dia em que Flavio morreu.

Alejandro também foi indiciado por omissão no crime de ocultação de cadáver.

A enteada do prefeito e irmã de Alejandro, Paola Valeiko, foi indiciada por fraude processual. Para a polícia, ao limpar sangue na cena do crime, Paola prejudicou a investigação.

A Polícia Civil indiciou pelo homicídio de Flávio Rodrigues o funcionário da segurança do prefeito de Manaus, Arthur Neto, Elizeu da Paz. O inquérito indica que ele e o amigo Mayc Parede usaram o carro da Prefeitura de Manaus no crime.

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