Ex-secretário de Saúde do AM, Marcellus Campelo, depôs na CPI da Covid no dia 15 (Agência Senado)
O ex-secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, passou á condição de testemunha para investigado na CPI da Covid. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, dia 18, pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Campelo prestou depoimento na CPI nesta terça-feira, dia 15, por cerca de sete horas sem levar elementos novos à investigação, o que beneficiou os governos federal e estadual.
O ex-secretário tentou defender que o estado só teve desabastecimento de oxigênio por dois dias. Foi chamado de mentiroso e incompetente por senadores bolsonaristas e os de oposição e desmentido pelos fatos e por declarações que deu durante a crise.
O colapso do sistema de saúde no Amazonas duas vezes em menos de dois meses, a morte por asfixia dos pacientes, o uso do tratamento precoce no estado, ações e omissões de agentes públicos do estado e do governo federal são investigados pela CPI.
O ex-secretário foi um dos presos temporariamente por cinco dias na 4a fase da operação Sangria, deflagrada no dia 2 de junho. A PF afirma que ele faz parte de uma organização criminosa que se instalou no estado na primeira onda para desviar recursos públicos da pandemia e permaneceu em atuação durante a segunda onda. Campelo nega as acusações.
A coincidência entre a data da operação e o dia do julgamento da análise da denúncia contra o governador do Amazonas e os elementos que sustentaram a decisão que autorizou a operação são contestados pela defesa dos investigados.
Além de Campelo, outras 13 pessoas foram indiciadas. Veja lista que o blog teve acesso:

Na coletiva no Senado, Renan Calheiros afirmou que os elementos reunidos até este momento coloca essas pessoas na condição de investigados em função de indícios de responsabilidade dos atos investigados durante a pandemia que resultaram no descontrole e na morte de pessoas, que poderiam ter sido ser evitados.
Wilson Lima
Questionado pela imprensa sobre a possibilidade de indiciamento do governador Wilson Lima, Calheiros disse que aguarda decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a competência da CPI sobre as autoridades estaduais.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que, se o STF liberar, a CPI deve indiciar Wilson Lima pelos notórios acontecimentos no Amazonas.
“Nós respeitamos plenamente as decisões do STF. Obviamente as autoridades do Amazonas já constam como investigados, só que tem um impasse no âmbito da Suprema Corte. Por conta desse impasse, o senhor governador não pôde comparecer à CPI. A um passo que o Supremo definir que é competência desta CPI avançar sobre os governadores, isso será incluído na condução da investigação do relator. Não é questão de conteúdo, é de forma porque dependemos da decisão do STF. Resolvido este impasse, é inevitável constar o nome do governador Wilson Lima pelos notórios acontecimentos do estado do Amazonas”, declarou