“Foi uma resposta importante à sociedade”, diz advogada Catharina sobre condenação de Sotero

Manaus, 29/11/2019. Terceiro dia de julgamento do ''Caso Sotero'' no Tribunal do Júri. Foto: Raphael Alves
Manaus, 29/11/2019. Terceiro dia de julgamento do ”Caso Sotero” no Tribunal do Júri. Foto: Raphael Alves

A advogada Catharina Estrella, que atuou como assistente da acusação no julgamento do delegado Gustavo Sotero, declarou que a condenação e a pena de 30 anos de dois meses traz uma resposta importante à sociedade a respeito da conduta que ele adotou na noite em que o advogado Wilson Justo foi morto na boate Porão do Alemão, Zona Centro-Sul de Manaus.

O confronto entre o delegado e o grupo do advogado, na noite do crime, durou menos de dez segundos.

“Na soberania dos jurados, ficou entendido que não existe legítima defesa. Essa resposta era muito importante para a sociedade. Uma pessoa não pode entrar numa boate e fazer o que ele fez”, declarou a advogada. .

O delegado Gustavo Sotero foi condenado por homicídio privilegiado do advogado Wilson Justo, por tentativa de homicídio de Maurício de Carvalho Rocha e por lesão corporal grave de Fabíola Rodrigues, mulher de Wilson, e Yuri José Paiva, amigo do advogado.

A pena determinada pelo juiz do 1º Tribunal do Júri, Celso de Paulo, em função de todos os crimes, foi de de 30 anos e 2 meses e perda do cargo.

Na sexta-feira, dia 29, quando leu a sentença, o juiz do 1º Tribunal do Júri, Celso de Paulo, determinou que Sotero permanecesse preso. Ele cumpria prisão preventiva desde o dia 25 de novembro de 2017, quando o advogado Wilson Justo foi assassinado no bar Porão do Alemão, na Zona Centro-Sul de Manaus.

Sotero reagiu com uma sequência de tiros após sofrer uma agressão com um soco de Wilson.

“Não achei justo a desclassificação da Fabíola para lesão corporal. Existiu, sim, tentativa de homicídio tanto em relação à Fabíola quanto em relação ao Yuri. Por isso, vamos analisar a via recursal”, declarou.

Tanto acusação quanto a defesa tem cinco dias após a condenação para recorrer da decisão. A defesa avalia pedir a soltura do delegado por meio de um habeas corpus.

“Realmente acho que o julgamento foi muito complexo, mas tudo dentro da legalidade. Todas as provas produzidas. Não existe condenação contrária às provas dos autos. Existe provas nos autos”, avaliou a advogada.

Foto: Raphael Alves – TJ-AM/Divulgação

Veja nos links galeria de fotos do julgamento:

https://www.instagram.com/p/B5hBvBoh2-a/?igshid=f1eew9f9c8zj
https://www.instagram.com/p/B5hEXdjByvq/?igshid=rdb0u0vuwefh