Folha de SP destaca indício de chacina em Manaus e lembra mortes no rio Abacaxis

Foto: Dia seguinte às 17 mortes no Crespo (Fabiano Maisonnave)

O site do jornal Folha de São Paulo publicou matéria nesta terça-feira, dia 29, sobre a conclusão do relatório do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) apontando “fortes indícios” de chacina na morte de 17 pessoas no Crespo, em outubro do ano passado.

O jornal classifica a ação que terminou com 17 mortes, por coincidência o mesmo número de urna do antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, como a ação policial mais violenta desde o início do atual governo.

Além dos detalhes da conclusão do relatório do promotor da 61ª Proceap (Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial), João Gaspar, a matéria destaca que as mortes ocorreram em meio a em meio a uma violenta disputa de facções em Manaus.

A reportagem assinada pelo jornalista Fabiano Maisonnave destaca:

“A ação da polícia no Crespo contra a FDN, facção amazonense, ocorreu em meio a uma violenta disputa com o CV pelo controle de Manaus. A guerra terminou em fevereiro, quando a facção carioca passou a controlar os presídios. A vitória foi celebrada por meio de um foguetório, ouvido em praticamente toda a capital amazonense, de pouco mais de 2,1 milhão de habitantes.com o CV pelo controle de Manaus. A guerra terminou em fevereiro, quando a facção carioca passou a controlar os presídios”. 

A reportagem lembra ainda que o governador do Amazonas, Wilson Lima, antes de assumir o executivo era apresentador de um programa policial e com discurso “linha-dura” contra o crime e que tem proximidade do presidente Bolsonaro.

Outro fato trazido à tona na matéria da Folha de São Paulo é a operação das forças de segurança do Governo do Amazonas, que viraram alvo de uma investigação federal, após o MPF (Ministério Público Federal) denunciar que ribeirinhos e indígenas foram mortos na ação que tinha como pretexto combate ao tráfico na região do rio Abacaxis, no município de Borba.

Na matéria, a assessoria de comunicação da PM-AM informa que se houver crimes na ação os autores serão responsabilizados. A assessoria diz ainda não ter recebido qualquer notificação por parte do MP-AM e ressalta que o inquérito da Polícia Civil do Amazonas concluiu que os policiais agiram em legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal na ocasião. Leia a nota completa da PM-AM, no final da matéria.

A mesma nota foi enviada ao blog. Leia a nota da PM-AM na íntegra, no final da matéria.

Leia a matéria completa da Folha de São Paulo, neste link.