
Considerado foragido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas), o prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PP), declarou, por meio de nota enviada à mídia, por sua assessoria de comunicação que considera a prisão temporária “desnecessária”.
Adail Filho é alvo de um pedido de prisão temporária, não executado até as 11h desta quinta-feira, dia 26, segundo informações do MP-AM.
Ele, a irmã, a deputada estadual Mayara Pinheiro (PP) e outros políticos e empresários de Coari são investigados na Operação Patrinus. O MP-AM suspeita de formação de “organização criminosa, criada para fraudar licitações, lavar dinheiro e corromper a estrutura de poder do município”.
Na nota enviada à mídia, Adail Filho diz que sabia das investigações, “por ser pública”, há seis meses. Ele afirma que desde então “tem se colocado à disposição para responder e atender qualquer pedido de informação, inclusive pessoalmente”.
“Desta forma a medida de prisão temporária se mostra desnecessária, já que nunca se privou de prestar tanto ao MP, quanto aos órgãos de controle, as provas plenas de sua probidade diante da administração”, informa trecho da nota.
Adail, na nota, diz que se colocará à disposição da justiça, sem indicar detalhes. Ele afirma, ainda, que a operação do MP-AM tem conotação política em função da proximidade do pleito e da liderança dele nas pesquisas no Município de Coari.
“Já sabia que se aproximando as eleições e com a aprovação da gestão, situações semelhantes poderiam acontecer. E por isso tem se dedicado em fazer uma administração séria e que claramente tem restaurada a dignidade de Coari”, afirma trecho da nota.
Na nota, o prefeito afirma que as acusações não são verdadeiras e que empresários ligados a adversários político dele também prestam serviço ao município por “terem atendido aos requisitos licitatórios”.
“As acusações de favorecimento em licitações não tem qualquer sustentação fática (…) Todos os documentos coletados (que, reforçando, já estavam a disposição) constatarão isso com muito facilidade”.
Leia a nota na íntegra:
Nota a imprensa Sobre a operação Patrinus:
Informamos a imprensa e a toda a população amazonense que em momento algum a Prefeitura de Coari e seus servidores se esquivará de prestar todas as informações necessárias as investigações.
O prefeito Adail Filho considera as acusações graves e prestará todos os esclarecimentos desejados pela justiça, comprovando a seriedade de sua condição como administrador de uma cidade que já voltou a ser uma das mais desenvolvidas do Estado do Amazonas e que, em função disto, volta a ser alvo dos mais diversos interesses e acusações infundadas.
O prefeito tomou conhecimento de que estas investigações estavam ocorrendo há seis meses, como amplamente foi noticiada pela própria imprensa e desde lá tem se colocado à disposição para responder e atender qualquer pedido de informação, inclusive pessoalmente.
Desta forma a medida de prisão temporária se mostra desnecessária, já que nunca se privou de prestar tanto ao MP, quanto aos órgãos de controle, as provas plenas de sua probidade diante da administração.
As acusações de favorecimento em licitações não tem qualquer sustentação fática, já que todos sabem que empresas de adversários de nosso grupo político também prestam serviço para a prefeitura por terem atendido aos requisitos licitatórios. Todos os documentos coletados (que, reforçando, já estavam a disposição) constatarão isso com muito facilidade.
O prefeito prontamente se colocará a disposição da justiça pois tem total interesse em esclarecer cada sombra de dúvida que nesse momento são postas sobre sua administração. Já sabia que se aproximando as eleições e com a aprovação da gestão, situações semelhantes poderiam acontecer. E por isso tem se dedicado em fazer uma administração séria e que claramente tem restaurada a dignidade de Coari.
Que respeita, obedece e confia muito no trabalho da justiça, comparando as acusações com todos os documentos e provas que estamos apresentando. Assim como também presta seu respeito na atuação do Ministério Público, que tem por obrigação exatamente questionar, ainda que os questionamentos não estejam em conformidade com os fatos.
Infelizmente não é possível esclarecer a sociedade todos os pontos investigados porque até o presente momento ainda não foi franqueado ao prefeito o acesso aos autos, dificultando ainda mais a devida resposta para a sociedade e para os veículos de comunicação que, com seriedade, buscam levar a sociedade os dois lados deste caso.
Nossa assessoria de comunicação e toda a administração buscarão manter todos informados para que não restem dúvidas de cada passo para o reestabelecimento da verdade.
Foto: Adail Filho – divulgação