Governo apura responsáveis por dados desmentidos pelo MPE

Procuradora Geral de Justiça, Leda Mara, dá entrevista ao Jornal Nacional sobre morte de presos no sistema carcerário do Amazonas.

As declarações da procuradora geral de Justiça do MPE (Ministério Público do Estado), Leda Mara, em matéria do Jornal Nacional nesta quarta-feira, dia 29, causou desconforto no Governo do Estado.

A PGJ esclareceu as informações sobre a transferência de presos para presídios federais após o assassinato de 55 detentos no sistema prisional do Estado no domingo, dia 26, e segunda-feira, dia 27.

“Descobrimos que dos nove inicialmente transferidos não há nenhum que pertença à facção criminosa responsável por esse último massacre. Mas 20 líderes da facção, aí sim, desses 20, todos tem relação com essa facção desse massacre ocorrido agora no último final de semana”, declarou a procuradora geral do Estado.

A matéria mostra ainda um documento do governo comprovando que o pedido de transferência dos primeiros nove detentos transferidos esta semana foi requisitado há cerca de um mês. Portanto, antes do massacre deste final de semana.

A informação sobre a transferência foi usada pelo Governo do Estado e repercutida inclusive pelo governador Wilson Lima (PSC) como se fosse uma ação do governo em resposta ao episódio deste final de semana.

A PGJ, portanto, desmentiu a versão, embora tenha ratificado que os 20 presos, previstos para serem transferidos hoje, podem ter ligação com as mortes deste final de semana.

Governo

A informação causou desconforto no Governo do Estado. Interlocutor do governador Wilson Lima informou que hoje haverá um levantamento para identificar o responsável pela “informação truncada”.

A avaliação no governo é que o desmentido de parte das informações sobre a transferência colabora para a construção de uma imagem negativa que adversários, declarados e não declarados, tetam fazer do governador Wilson Lima.

Repercussão

As informações iniciais sobre a crise no sistema penitenciário com a matança deste final de semana causou estranhamento em membros do judiciário. A dúvida era se a resposta rápida sobre a identificação dos mandantes e transferências atenderiam com eficiência as soluções que o caso precisava ou apenas funcionaria como uma medida imediata para minimizar a repercussão negativa do episódio na mídia.

Assista a matéria completa do Jornal Nacional neste link.

Foto: Reprodução de matéria veiculada na TV Globo e disponibilizada no site G1