
O deputado federal Marcelo Ramos (PL) declarou que o anúncio da diminuição escalonada a curto prazo dos incentivos fiscais do polo de concentrados da ZFM (Zona Franca de Manaus) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), é uma “traição com o povo do Amazonas”.
“Isso coloca o polo de concentrados e a ZFM no corredor da morte! Isso é uma traição com o povo do Amazonas”, declarou.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou, nesta quarta-feira, dia 15, que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializado) será de 8% e que, em três anos, deve chegar a 4%.
A avaliação no setor e no meio político é que as empresas receberam um prazo para deixar a ZFM em função da previsão gradual e a curto prazo da perda de competitividade do setor.
Marcelo Ramos respondeu que, neste momento, cabe aos agentes políticos pressionar. Ele avalia que a notícia negativa para os concentrados impacta toda a ZFM pelo efeito da insegurança jurídica.
“Do ponte de vista prático, não há o que se fazer. O decreto é um ato personalíssimo do presidente da República. Então, o que podemos fazer é pressão política. E é o que vamos procurar fazer”, declarou.
Para o deputado federal, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) é “conivente” com a medida contrária ao modelo.
“O lamentável disso é a conivência da Suframa com essa medida contra a ZFM”, declarou.
O superintendente da Suframa, Coronel Alfredo Menezes, foi procurado para comentar o assunto, mas não respondeu às mensagens enviadas ao celular dele, por meio do WhatsApp.
Questionado sobre a crítica que o presidente do Cieam, Wilson Périco, fez ao avaliar o silêncio do Governo do Estado diante da ameaça aos empregos de amazonenses, Marcelo Ramos respondeu:
“O governador precisa manifestar sobre isso”, disse.
Foto: Marcelo Ramos/Divulgação