Joaquim Melo e Manaus irredenta e leitora, in memoriam

José Alcimar de Oliveira*

Minha solidariedade e votos de reconforto espiritual aos familiares, amigas e amigos do historiador e livreiro politica e culturalmente afinado Joaquim Melo.

Joaquim Melo, leitor, promotor de leituras e proprietário da banca de livros igualmente afinados, situada no Largo de São Sebastião, em Manaus, Amazonas.

Multiplicar bibliotecas com leitoras e leitoras, sim. CACs, atiradoras e atiradores, jamais.

Joaquim Melo nos deixou no dia 1° de janeiro de 2023. Merecedor da justa memória de quem dignificou a vida cultural de Manaus e da Amazônia.

Ele é parte da parte saudável de nossa Manaus irredenta que resiste às agressões de uma dita elite, arrivista e mercenária.

Manaus, que já foi denominada de Paris tropical, deveria se espelhar na bela definição de Walter Benjamin: Paris é como um imenso salão de biblioteca atravessado pelo Sena.

Por que não Manaus como um centro irradiador de pesquisas, leituras e projetos da Amazônia para o mundo, às margens do ajuricabano, de negra beleza, rio Negro?

José Alcimar de Oliveira / Filosofia / UFAM
Em Manaus, AM, escrito no dia primeiro de janeiro do Ano da Reconstrução Nacional de 2023.

Fragmentos de Filosofia Radical: tempo do capital, tempo da infâmia
Genocídio, omissão do Estado e silêncio criminoso