
O ex-deputado estadual e advogado Lino Chíxaro foi mais uma vez alvo de mandado de busca e apreensão da Maus Caminhos.
De acordo com a decisão do juiz da 2ª Vara Federal, Marllon Sousa, a inclusão do nome dele nesta nova fase da operação ocorreu em função do drible que o advogado é acusado de ter dado na PF (Polícia Federal) durante a operação Cashback, em outubro do ano passado.
Segundo a decisão, na ocasião, Lino Chíxaro trocou de celular na véspera da operação e o aparelho apreendido não tinha mensagens e telefonemas a serem averiguados pela PF.
“Neste contexto, deve-se observar a Informação Policial nº 200/2018,dando conta de que LINO CHÍXARO possuía conhecimento de que seria alvo de busca e apreensão e a data da deflagração da Operação Cashback, tendo se preparado para o fato, inclusive, trocando, propositalmente seu aparelho celular e entregando na busca e apreensão um aparelho sem informações”, afirma trecho da sentença.
Segundo a PF, na ocasião da Cashback, por ter trocado de celular às vésperas da operação, o advogado demonstrou “clara intenção do investigado em obstruir os trabalhos da justiça”.
“De acordo com a referida informação policial, foi constatado que LINO CHÍXARO utilizava determinado aparelho celular até a véspera da deflagração da operação Cashback, o qual não fora localizado durante as buscas em sua residência. Tal conduta demonstra a clara intenção do investigado em obstruir os trabalhos da justiça, fazendo-se necessária a realização de nova busca em desfavor do referido alvo”, determina o juiz.
Tráfico de influência
Lino foi preso na operação Cashback sob suspeita de receber dinheiro de empresas que participaram do esquema de desvio de recursos públicos da saúde do Amazonas e de atuar como agente de tráfico de influência junto ao governo para favorecer as atividades ilícitas, de acordo com a Polícia Federal.
Foto: ALE-AM – Divulgação. Via site Amazonas Atual