
Com habeas corpus na mão, o advogado, ex-deputado estadual e ex-titular da Cigás Lino Chíxaro dorme mais uma noite na cadeia. Nesta terça-feira, dia 16, o advogado Lino Chíxaro, preso desde o dia 11 pela Operação da Polícia Federal CashBack, conseguiu em Brasília um habeas corpus para concessão de liberdade determinada pelo desembargador federal da 4ª turma do TRF1, Olindo Menezes.
A decisão saiu à noite e foi comunicada à 4ª Vara Federal quando a juíza já não estava mais no local para dar o despacho necessário à soltura.
O secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel Cletiman Rabelo Coelho, confirmou que a pasta não foi comunicada sobre o habeas corpus.
Tráfico de influência
Lino foi preso na operação sob suspeita de receber dinheiro de empresas que participaram do esquema de desvio de recursos públicos da saúde do Amazonas e de atuar como agente de tráfico de influência junto ao governo para favorecer as atividades ilícitas, de acordo com a Polícia Federal.
Prisão especial
Por solicitação da OAB-AM, o advogado não ocupa uma cela comum no CDPM2 (Centro de Detenção Penitenciária 2) e está preso numa sala administrativa do presídio improvisada como “sala de Estado Maior”.
Divergentes
Horas antes do habeas corpus, a juíza relatora da operação na 4ª Vara Federal, Ana Paula Serizawa, havia prorrogado prisão temporária de Lino por mais cinco dias. Mas, mais uma vez, a decisão da magistrada foi revertida no TRF1. A juíza entendeu que a soltura de Lino neste momento poderia atrapalhar as investigações. O desembargador federal não viu motivos para prorrogação da temporária.
Foto: ALE-AM Divulgação