Filiação de Marcelo Ramos ao PSD (Foto: assessoria Marcelo Ramos )
*Texto atualizado às 12h36
O ato de filiação de Marcelo Ramos ao PSD, nesta quarta-feira (9), foi marcado por falas de reconhecimento à atuação política de alcance nacional do senador Omar Aziz (PSD) durante a pandemia e pela demonstração de prestígio com lideranças políticas do Congresso Nacional.
O vice-presidente da Câmara dos Deputados Marcelo Ramos se filiou oficialmente ao PSD e declarou que o Brasil deve ao senador Omar Aziz a ampliação da vacinação e a diminuição do número de mortes durante a pandemia. Ramos afirmou que as curvas de mortes caíram e da vacinação cresceu conforme a consolidação da CPI da Covid conduzida pelo senador amazonense.
No mesmo evento, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que o partido era justo e que saberia corresponder à gratidão e reconhecimento que tinham pelo senador Omar Aziz, desde a criação da sigla.
“Omar, não quero nem falar do Amazonas. O Brasil deve a você algo que pouco se fala e pouco se falou: se você olhar a curva de vacinação no Brasil, ela é absolutamente coordenada com o tempo da instalação da CPI. Conforme a CPI foi se consolidando, a vacinação foi crescendo. Ou seja, foi a CPI instrumento fundamental para salvar a vida de milhões de brasileiros e para que a gente possa passar a nova onda sem tantos óbitos como tivemos no passado recente”, declarou Marcelo Ramos.
Ramos acrescentou em aceno a Omar: “Isso é fruto da dedicação, da coragem do Omar na condução dos trabalhos. Claro, em conjunto com todos os outros senadores que faziam parte da comissão. Mas, aquela condução firme, às vezes descontraída, foi fundamental para que a população fosse percebendo e que o governo fosse percebendo que não existia um remédio para pandemia e outro para economia. O remédio é o mesmo: a vacinação. Para que pudéssemos voltar à normalidade, mas, acima de tudo, para que pudéssemos colocar a vida acima, como um bem maior”, disse.
Kassab: “Reconhecimento e gratidão”
Durante os discursos, além da fala de Marcelo Ramos, Omar foi incensado por Gilberto Kassab que disse reconhecer a liderança e importância dele para o momento atual do PSD desde a sua fundação, em 2011.
Kassab afirmou que o partido é justo e sabe reconhecer a participação de seus membros. Também disse que e empenho da sigla é garantir a reeleição de Omar Aziz ao Senado. Ao falar que o partido era justo, Kassab disse ter “reconhecimento e gratidão” pelo senador amazonense.
As declarações de Marcelo Ramos refletem a importância da CPI da Covid para o avanço da vacinação e, paralelo a isso, a diminuição da avaliação positiva do presidente no País. Ao memo tempo em que o ex-presidente Lula (PT), sem movimentos políticos públicos, cresceu.
Omar virou alvo do ódio das correntes bolsonaristas, mas a condução da CPI era aprovada em todo o País, segundo institutos de pesquisas e destravou a resistência e morosidade na compra e distribuição de vacinas.
A onda de aprovação, no entanto, não alcançou da mesma forma Manaus, onde o presidente conta com a simpatia de boa parte do eleitorado. Manaus é a cidade que concentra mais da metade dos votos do estado. Além disso, no campo político, o senador não ganhou defensor e propagador público do que fez durante a CPI da Covid, papel cumprido na manhã desta quarta-feira por Marcelo Ramos.
O senador é cotado para ser coordenador da campanha do ex-presidente Lula no Amazonas e aposta no interior, que na eleição passada rejeitou Bolsonaro, suas possibilidades de derrotar adversários para o Senado. Lula programa vinda ao Amazonas no primeiro semestre.
Lideranças políticas prestigiam filiação de Ramos
Além do presidente do PSD do Amazonas, Omar Aziz, o ato de filiação de Ramos foi prestigiado pelo presidente do partido, Gilberto Kassab, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e outros deputados e lideranças partidárias na Câmara dos Deputados, incluindo parlamentares do PL, PSL, PSDB e PP.
Foto: assessoria Marcelo Ramos
No discurso, Ramos agradeceu a presença deles e afirmou ter gratidão pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Explicou que a incompatibilidade com o partido surgiu a partir da filiação do presidente Jair Bolsonaro, em novembro do ano passado. Ramos deixou o PL na sequência da filiação de Bolsonaro ao partido e dos aliados do presidente no Amazonas.
No discurso dessa quarta, Ramos não citou o nome do presidente estadual do PL, Alfredo Nascimento.
Kassab, Pacheco e Omar destacaram as qualidades políticas do primeiro mandato de Marcelo Ramos e o perfil respeitado por diferentes siglas e grupos políticos no Congresso Nacional. Omar disse considerar que Ramos terá uma reeleição “tranquila”.
O senador Omar afirmou que as filiações de Marcelo e outros nomes ao PSD fortalecem a social democracia que “é boa para o País”.
Foto: assessoria Omar Aziz
O deputado federal Sidney Leite (PSD) também deu as boas-vindas a Marcelo Ramos e lembrou outros momentos de atuação política e disputa eleitoral em que eles estiveram do mesmo lado. “(A filiação) demonstra fortalecimento e a grandeza do PSD no Amazonas e no Brasil”, disse.
O deputado Sidney foi prestigiado nos discursos de Kassab, Omar e do próprio Marcelo Ramos, que disse que a condição primeira para a filiação dele ao PSD era que Leite concordasse. Os dois são os nomes principais do PSD para a disputa das oito vagas de deputado federal à Câmara dos Deputados. Com o quociente eleitoral estimado em 220 mil votos, o grupo afirma trabalhar para eleger dois, mas sabe dos riscos que um fique de fora.
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