
O governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) declarou que não assinou a carta aberta contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que amplia o acesso à armas em todo País.
“Não assinei e ainda estamos avaliando o decreto”, declarou o governador.
Governadores de 13 estados e do Distrito Federal, portanto mais da metade dos governadores do País, assinaram a carta. A segurança público é responsabilidade dos governos estaduais.
O nome do governador do Amazonas chegou a ser citado numa matéria nacional sobre o assunto.
Mapa da Violência
O Atlas da Violência de 2018 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Ipea ( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indica que a taxa de homicídios por arma de fogo no Amazonas, entre os anos de 2006 e 2016, aumentou 108,7%.
Segundo o Atlas, entre 2015 e 2016 houve um decréscimo nos registros de -14,9%.
Em 2006, foram registradas, segundo os dados do Atlas, 379 homicídios por arma de fogo. Em 2015, 930 mortes foram causadas por arma de fogo no Amazonas. E, em 2016, o números de mortes com o mesmo instrumento foi de 791.
Conclusão do Fórum
Os organizadores do Atlas fizeram conclusões a partir dos dados analisados e indicam o contexto da violência e alertam para o aumento do número de homicídios por arma de fogo em todo País:
“De fato, existem inúmeros fatores a impulsionar a violência letal no país, como a profunda desigualdade econômica e social, a inoperância do sistema de segurança pública, a grande presença de mercados ilícitos e facções criminosas e o grande número de armas de fogo espalhadas pelo Brasil afora”, informa trecho do Atlas que trata sobre armas de fogo na página 71.
Os organizadores do Atlas diz que estes contextos pressionam a taxa de crimes letais, principalmente em Estados do Norte e Nordeste do País.
“Esses fatores continuam desafiando governos e sociedade e continuam pressionando a taxa de crimes letais, sobretudo no Norte e no Nordeste do país. A questão aqui é que, não fosse essa legislação que impôs um controle responsável das armas de fogo, a taxa de homicídios seria ainda maior que a observada”.
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