“O governador não pode receber ordem de ninguém”, afirma David Almeida

David Almeida. Foto: Emerson Quaresma – Divulgação Assessoria de Comunicação

Ao completar um ano sem mandato, na liderança das pesquisas eleitorais para a Prefeitura de Manaus e recolhido do campo de confrontos políticos, o pré-candidato a prefeito de Manaus e ex-presidente da ALE-AM David Almeida (Avante) decidiu sair da toca.

Em uma série de entrevistas a jornalistas de Manaus, David Almeida escancarou sua pré-candidatura na disputa pela sucessão do prefeito Arthur Neto (PSDB), num momento em que traz um dado negativo e outro positivo para a participação dele nas Eleições 2020.

Ao mesmo tempo em que diz ter sofrido ataques para ficar sem partido e, portanto, inviabilizado na disputa, David destaca que a justiça eleitoral e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) o deixaram livre, leve e solto para a candidatura.

As contas dele como gestor da ALE-AM e do período em que foi governador interino do Amazonas estão aprovadas, segundo o ex-deputado. Isso significa que David não entrará na peneira dos “fichas sujas” que ficam na luta judicial para receber o registro de candidatura, o que sempre tem efeito ruim nas campanhas.

Também entra no ano eleitoral sem nenhuma faca no pescoço relacionada a processos no TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas), que geram grandes danos a imagens mesmo sem condenação, quando entram em pauta.

Sem dúvida, grandes conquistas para quem está na condição que David se apresenta: sem mandato, sem grupo político e bem lembrado pelo eleitorado.

Em entrevista ao blog, David Almeida avalia sua conduta no momento em que se tornou governador do Amazonas por ocasião da cassação de José Melo e diz não se arrepender de ter ido para o confronto com políticos que, antes disso, eram os alfas do grupo que ele fazia parte.

“O governador não pode receber ordem de ninguém”, afirma David Almeida e acrescenta: “Eu decidi não aceitar ordens. Decidi não aceitar imposições”.

O pré-candidato a prefeito, que recebeu 417 mil votos na eleição passada para governador, credita a esta atitude sua atual condição política, eleitoral e de avaliação de suas prestações de contas.

Na entrevista, David faz comparações de sua gestão com a condição fiscal do Estado na gestão Wilson Lima. Deixa críticas ao atual governo, sem agressividade. E não tece comentários sobre a gestão municipal tucana.

“O Estado do Amazonas tem saúde financeira muito boa. Essa história de crise não me convence”.

O pré-candidato diz ter respeito pelos políticos que combateu e não descarta alianças necessárias à disputa. “Ninguém ganha nada sozinho. Você precisa de alianças”.

Ele desafia os que tentam tirar o partido dele. No entanto, prefere preservar os nomes dos que o ameaçam alegando não ter provas. Afirma apenas que, com esses, não irá se unir: “Eu decidi justamente combater essas pessoas que hoje me atacam. Com elas eu não fico. Não sou de me curvar”

Veja a entrevista na íntegra, neste link.

Leia trechos da entrevista que David Almeida concedeu ao blog nesta terça-feira, dia 28, em seu escritório no Morro da Liberdade.

Rosiene Carvalho (RC): Como é fazer política sem mandato, que dá visibilidade e estrutura para muitas ações?

David Almeida: Tive uma estrutura muito grande de governador, de presidente da ALE-AM. Hoje, nossa equipe está bem reduzida: três, quatro pessoas. Na verdade, chega até cinco. Pelo trabalho como deputado, como governador, a população tem lembrado do nosso nome e isso nos deu a possibilidade de mantê-lo em evidência.

RC: De que forma o senhor se sustenta hoje e mantém essa equipe de cinco pessoas?

David Almeida: Tenho uma estrutura partidária, amigos e familiares que fazem parte da minha equipe. A maioria é voluntário. Duas ou três pessoas eu pago com recursos de economias. Porém, com muitas dificuldades.

RC: O senhor recebeu, na semana passada, decisões favoráveis a processos de cassação, que poderiam representar riscos à sua candidatura em 2020.

David Almeida: Contra as mentiras prevalece a justiça. Isso me dá uma segurança muito boa. Minhas contas de campanha aprovadas, fim de quatro processos e as contas aprovadas no TCE, no meu período de governador e como presidente da ALE-AM. Isso te dá uma tranquilidade de não ter nenhuma pendência.

RC: Este ano fora do mandato fez o senhor refletir sobre atos ou omissões no período em que presidiu a ALE-AM ou esteve a frente do governo?

David Almeida: Eu combato teses, não combato pessoas. Fui o primeiro presidente da ALE-AM a fazer oposição a um governador e eu fiz ao melhor dos governadores, cinco vezes governador do Estado. Não me arrependi do que fiz em função das decisões que tive que tomar. Na assembleia, tivemos um poder protagonista. O povo, as classes dos servidores estaduais foram para dentro da ALE-AM, tiveram seus pleitos atendidos, tivemos as maiores conquistas da história da educação, na saúde e segurança. Foram decisões corretas que tomei. Inclusive, a decisão de disputar a eleição. Quando eu errei, foi quando decidiram por mim. Em 2017, não disputei a eleição porque decidiram que eu não iria disputar. Em 2018, não tive êxito na eleição para governador porque decidiram por mim aquilo que eu não queria. Com quem eu ia caminhar. Todas essas escolhas não foram feitas por mim.

“O problema do Estado nunca foi receita, é a despesa. Se você consegue segurar a despesa, você tem dinheiro suficiente para tornar a vida das pessoas melhor “

RC: Economistas e técnicos da Sefaz entendem que aquele aumento concedido na sua gestão na ALE-AM é um dos responsáveis pela condição fiscal do Estado do Amazonas hoje, que iniciou o ano passado ultrapassando o limite máximo de gastos com pessoal. Qual sua avaliação sobre a responsabilidade da ALE-AM no  aumento concedido num ano eleitoral em que o senhor e o então governador eram candidatos?

David Almeida: Vejo exatamente o contrário. Na época, o governo queria dar um aumento de 4%. Todas essas matérias chegavam na ALE-AM e, com 24 horas, estavam aprovadas. E nós fomos discutir para que este aumento fosse dado de forma escalonada. Eu ouvia que não tinha dinheiro e, quando sentei na cadeira de governador, vi exatamente o contrário. É lá que se pode resolver os problemas. E o problema do Estado nunca foi receita, é a despesa. Se você consegue segurar a despesa, você tem dinheiro suficiente para tornar a vida das pessoas melhor. Fizemos o maior aumento e abono da história da educação, da história da PM-AM, fizemos asfaltamento de mais de 400 quilômetros de estradas e vicinais. Pagamos a subvenção da juta e malva que estava atrasada há três quatro anos. Tudo isso foi feito diante de um cenário de crise. E, hoje, 2019, o Amazonas arrecadou R$ 2,5 bilhões a mais. Temos recursos, sim.

David Almeida. Foto: Emerson Quaresma/Divulgação

RC: Não foi exatamente um aumento salarial, foi uma reposição de perdas do Governo José Melo

David Almeida: Uma reposição de três anos que não tinha tido nos três anos seguintes. E cabia, sim. Quando assumi o governo, estávamos num momento difícil, acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e quando sai deixei abaixo do limite prudencial. Se a tua arrecadação aumento, aumenta sua margem para lidar com esse limite. Isso é matemática, é número. Não dá para maquiar. É ciência exata.

RC: O senhor acha que não há responsabilidade da ALE-AM que aprovou esta lei e deixou esta conta?

David Almeida: Não.

“O Estado do Amazonas tem saúde financeira muito boa. Essa história de crise não me convence”

RC: O que houve foi uma má gestão dos governadores que vieram depois disso, no caso Amazonino Mendes e Wilson  Lima?

David Almeida: O que existe é que falta verdade e transparência. Mostra os números. Quando você arrecada por mês? Quando fui governador, todo mês dizia diminuímos tanto da despesa para que possa sobrar dinheiro para investir. Na ALE-AM, fiz o mesmo. O que falta é administração e prioridades. O Estado do Amazonas tem saúde financeira muito boa. Essa história de crise não me convence.

“Eu abri a caixa preta do Fundeb “

RC: Quando o senhor assumiu o governo, após a cassação de José Melo, havia uma expectativa de continuidade do mesmo grupo político em função do senhor ter sido líder dele e ter recebido o apoio do ex-governador na eleição para a presidência da ALE-AM. E houve uma reviravolta que surpreendeu a todo mundo ali.

David Almeida: Decisões. Você tem que decidir. O governador não pode receber ordem de ninguém. O governador, quando é eleito, precisa resolver os problemas. Ele não pode jogar para terceiros. Quando via os problemas, eu dizia: preciso apresentar soluções. 100 mil pessoas esperando por consultas e cirurgias. Quem resolve? É o governador. Cinco, quatro anos sem promoção da polícia. Quem resolve? É o governador. Abono dos professores? O recurso em caixa…Sabia que devolviam o dinheiro do Fundeb e não pagavam o professor? Eu abri a caixa preta do Fundeb. Isso se tornou pauta depois da minha gestão. Nem os sindicatos tinham essa informação. Eu tornei isso claro e transparente. Você tem que assumir, na sua essência, o comando do estado, da sua autarquia e tornar clara e transparente todas as suas ações. Acredito que esse foi o sucesso.

RC: O senhor diz que tomou as rédeas. Além disso, abriu frente de confronto contra três ex-governadores e políticos poderosos do Estado, Amazonino Mendes, Omar Aziz e Eduardo Braga. E chegou a ser agressivo nas palavras…

David Almeida: Eu reagi, né? Reagi…

“Eu decidi não aceitar ordens. Decidi não aceitar imposições”

RC: Isso trouxe que peso para o senhor?

David Almeida: Olha só: eu não tenho parentes ricos e importantes. Meu escritório é na minha casa, no Morro. Eu decidi não aceitar ordens. Decidi não aceitar imposições: “Olha, o candidato é esse”. Eu não concordo. Ele não representa o que eu penso para o meu estado. E decidi não apoiar o candidato que meu partido apoiava. Então, tive que bater de frente primeiro com o presidente do meu partido. Depois, com os outros candidatos. Decidi não apoiar nem Amazonino e nem Eduardo, por não acreditar que fossem as mudanças. No segundo turno de 2018, da mesma forma com o Amazonino e Wilson. Tem que tomar atitudes e decisões. Isso te desgasta. Como presidente (da ALE-AM), não fui contra as pessoas. Fui contra as teses. Por exemplo, a ALE-AM tem que ser respeitada. Salário de servidor, secretário e governador quem aprova é a assembleia. O governo aprovou por decreto e fizemos o governo revogar o decreto. Pela primeira vez na história. Quando fui presidente da ALE-AM, derrubamos mais de 30 vetos governamentais. Coisa que não acontecia há mais de 35 anos. Os funcionários não sabiam nem o procedimento. Muito tranquilo. Respeito Amazonino, Eduardo, Omar, Arthur. Enfrentá-los causou muito desgaste. Porém, eu tenho respeito por eles, assim como eles também, acredito, devam ter respeito por mim.

RC: O maior temor de político é ficar isolado, quando se parte para confrontos. O senhor acha que ficou isolado?

David Almeida: De forma alguma. Só cresci. Hoje, eleitoralmente, talvez eu seja igual a eles. Mas não represento as atitudes deles, o modus operandi e a forma de administrar que eles tinham.

RC: Essas decisões renderam ao senhor 417 mil votos na eleição passada. Rende também novos embates?

David Almeida: Sim, sim, sim. Como disse, combato teses e não pessoas. Sempre no campo das ideias e opiniões, nunca no campo pessoal. Nunca com ataques de forma sorrateira. Isso não é o meu perfil.

RC: O eleitorado que votou no senhor, na eleição passada, não conheceu o senhor como um conciliador. O senhor teve uma votação como deputado estadual, quando atuava dessa forma com imagem pacífica. A votação de 417 mil foi com uma atuação de confronto. Isso lhe preocupa? Ou é uma estratégia para evitar apanhar já na largada?

David Almeida: Quando você tem mandato, você tem a tribuna, tem imunidade e visibilidade. Hoje, meu escritório é minha casa e minha estrutura é de voluntários. A minha visibilidade diminuiu muito. Mas as pessoas não esqueceram de mim. O povo lembra de mim pelo que fiz, pelas atitudes e decisões que tomei. Eu decidi enfrentar pessoas poderosas e fortes. E eu vou continuar sendo combativo. Quando achar que aquela atitude, ideia se contrapõe aquilo que eu penso, eu vou atacar. Sempre respeitando a família e as pessoas. Combatendo as más ideias e os maus comportamentos.

RC: Como ficou sua relação com o deputado Serafim Corrêa do PSB?

David Almeida: A melhor possível.

RC: Não ficou nada mal entendido?

David Almeida: Não. Serafim é meu amigo. Marcelo é meu amigo. PSB é um partido que sou grato. Tive problema com uma decisão nacional, que me afetou. Eu tinha feito uma coligação que me daria uma boa posição na eleição. Só que uma decisão nacional me obrigou a coligar com partidos que eu não tinha escolhido. Nem meu vice eu pude escolher. Em tudo isso, eu fui atropelado. Uma decisão que não tomei, mas que custou, sem sombra de dúvidas, praticamente a minha eleição de governador. Serafim e Marcelo também tiveram que acatar uma decisão vinda de cima. A minha relação aqui com eles e com todo staff do PSB é a melhor possível, só fiz amigos. Só tenho a agradecer o PSB estadual que me deu a oportunidade de disputar o governo.

RC: Essa decisão não se consolidou, né? Da sua união na mesma coligação com Vanessa Grazziotin… Teve até aquela reação do Eron Bezerra que se uniria ao Satanás, mas não com o senhor…

David Almeida: (Risos) Reação de impulsividade. De raiva. (risos)

RC: Mas não se consolidou.

David Almeida: Isso, como te falei, tranquilo. Não combato pessoas, combato teses. Já falei com ele, demos risadas. Eu no meu canto, eles no deles. Não se consolidou. Mas as redes sociais acabam colando essas coisas à sua imagem. A imagem que não é sua. A imagem que você não construiu.

” Já foram feitos pelo menos três ataques para me tirar do partido e não conseguiram. Vou repetir aqui: não vão conseguir.”

RC: Serafim Corrêa é deputado estadual, mas um nome respeitado nacionalmente no partido dele e garantiu a sua candidatura, naquele ano. O Avante pode garantir isso ao senhor?

David Almeida: O Avante já garantiu na convenção nacional. Expliquei minha situação. Os 27 diretórios estaduais confirmaram. Já foram feitos pelo menos três ataques para me tirar do partido e não conseguiram. Vou repetir aqui: não vão conseguir. No momento certo, na hora devida vou dizer quem são, quem foram. Qual grupo pediu, o que ofereceram para me tirar o comando do partido de mim e quem queriam filiar ao partido? Tudo isso vai ser dito, falado no momento certo e oportuno. Eu acredito que com a consolidação do Avante nós temos a oportunidade de trabalhar uma proposta para Manaus.

RC: Por que essa decisão de não falar os nomes agora? O senhor não acha que está protegendo essas pessoas que lhe atacam?

David Almeida: Não. De forma alguma. Não quero cometer calúnias. Não quero criminalizar pessoas sem ter provas. Estou colhendo provas materiais.

RC: O senhor não acha que, com isso, pode dar a impressão para o eleitor que cogita aliança ou apoio dessas pessoas que agora lhe atacam?

David Almeida: Não. Eu decidi justamente combater essas pessoas que hoje me atacam. Com elas eu não fico. Não sou de me curvar. Estou dizendo às pessoas que estão tentando me tirar o partido que irei enfrentá-las de forma altiva e vou falar claramente essas articulações de bastidores para tentar impedir a minha candidatura e me tomar o partido.

RC: Até a eleição?

David Almeida: Antes disso.

RC: O senhor tem evitado confronto. Isso tem sido registrado em várias entrevistas…

David Almeida: Te falei. Estou sem mandato, sem tribuna, imunidade, assessoria jurídica. Aliás, tenho assessoria jurídica. Inclusive, queria te informar que, das seis pessoas que estão comigo, três são em função do cargo de governador.

RC: Sim. Aquela lei que foi aprovada na sua gestão na ALE-AM.

David Almeida: Exatamente. E o restante a gente consegue conciliar aqui. Não tem como fazer enfrentamento e confronto sem esta condição de antes. Fico mais frágil. Tive também que buscar descansar a imagem.

“Eu torço e oro pelo Arthur. Torço e oro pelo governador Wilson Lima. Torço e oro pelo presidente Bolsonaro”.

RC: É comum, a quem disputa a prefeitura, iniciar criticando o atual titular. O senhor não toma esta postura por esta estratégia? Ou há possibilidade de que estejam juntos nesta eleição?

David Almeida: Eu quero fazer diferente. Como sou cristão, eu torço e oro pelo Arthur. Torço e oro pelo governador Wilson Lima. Torço e oro pelo presidente Bolsonaro. Quero o melhor para o meus País, independente de quem seja o prefeito, o governador e o presidente. Desqualificaram tanto o prefeito de Manaus que, quem desqualificou falando tão mal da nossa cidade, acabou por tomar o lugar que seria dele…

RC: O senhor está se referindo ao governador, que quando era apresentador de TV fazia críticas?

David Almeida: … Todo tempo, todo tempo, todo tempo. E as pessoas acabam… Eu quero fazer diferente. Não quero nivelar por baixo.

“As pessoas não estão preocupadas com a cidade. Estão preocupadas com seus grupos políticos, com o grupo dos empresários que estão bancando eles.”

RC: O deputado Marcelo Ramos declarou lamentar que os pré-candidatos, até agora, representam suas vaidades e não estão discutindo a cidade. O senhor concorda com ele?

David Almeida: Existe até um cinismo com relação a muitos que são candidatos. Sabemos que é, que está construindo, você vai perguntar para o cidadão e ele nega. Conversa! Eu sou pré-candidato e estou construindo uma proposta para a minha cidade. O deputado Marcelo tem até razão. As pessoas não estão preocupadas com a cidade. Estão preocupadas com seus grupos políticos, com o grupo dos empresários que estão bancando eles. É isso que ele quis dizer. Agora, quero apresentar minhas propostas. Estou ouvindo os melhores técnicos. Ainda ontem, fiz reunião com quase 80 candidatos a vereador do Avante.

“Ninguém ganha nada sozinho. Você precisa de alianças.”

RC: Quem o senhor veta no seu palanque?

David Almeida: Não veto. Porque quem veta pode ser vetado. Tenho conversado com muita gente, com todos os grupos políticos da cidade. Porém, não tenho aliança com nenhum. Com quem eu vou coligar, quem vai ser meu vice? Nem eu sei. Isso só vai se confirmar, no final de julho deste ano. Talvez três dias antes da convenção. Outra: ninguém ganha nada sozinho. Você precisa de alianças.


RC: No meio político se comenta que o senhor possa ter o apoio do prefeito Arthur Neto.

David Almeida: Nunca conversei com ele sobre isso. Encontrei o prefeito duas vezes. Fui desejar feliz ano novo para ele porque foi muito solícito ao decretar luto por ocasião da morte da minha esposa. Eu seria muito ingrato se não fosse até ele ao menos agradecer.

Foto: Emerson Quaresma – Assessoria de Comunicação David Almeida