O senador Omar Aziz (PSD) exigiu, no plenário do Senado Federal, nesta terça-feira, dia 21, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aponte quem são os parlamentares que o chantageiam ou que pare com “falácias” e envie ao Congresso medidas que ajudem o País a voltar a crescer.
“Não tem o que votar (…) Dê os nomes, fale quem está fazendo conchavo, quem está lhe chantageando. Ou, se não (tem nomes), pare com essa falácia. Não fale mais sobre esse assunto e governe. Mande propostas econômicas, de segurança pública e que a gente possa voltar a gerar emprego no Brasil. Estaremos ao seu lado”, afirmou.
A fala de Omar durou cerca de meia hora e recebeu aparte de vários senadores como Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Jorge Kajuru (PSB-GO), Reguffe (sem partido – DF), Eduardo Braga (MDB-AM ) e do filho do presidente Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL).
Omar afirmou que encaminhou requerimento ao Ministro Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o secretário de Governo, General Santa Cruz, requisitando que fossem apontados os nomes dos parlamentares que tentam chantagear o presidente cobrando cargos.
“Se tem alguém, presidente, lhe chantageando, o senhor não faz favor, não. O senhor tem obrigação de dar nomes aos partidos e às pessoas que estão lhe chantageando (…) Senão, não trate mais desse assunto. Não fale mais sobre isso”, declarou.
O senador amazonense disse que, caso o presidente aponte nomes, eles serão investigados e cassados no Senado.
“Se der nome, o presidente do Senado encaminha para a Comissão de Ética e o Senado cassa. Nós não podemos permitir que o presidente seja chantageado”, declarou.
Omar sugeriu que os manifestantes que vão às ruas no próximo domingo, dia 26, que exijam que o presidente indique quais parlamentares solicitaram a ele vantagens pessoais ou cargos.
Respeito
O senador Omar exigiu respeito: “Respeitamos a natureza dele. Ele precisa respeitar os que querem ajudar o Brasil”, declarou Omar Aziz, durante discurso no Plenário do Senado.
Armamento
Omar criticou o decreto do presidente que ampliou o acesso a armas no País.
“O povo pobre não tem direito a se armar, não. Só quem vai se armar são pessoas com dinheiro. Agora, ele (presidente Bolsonaro) cria um bolsa arma para ver se arma as pessoas mais carentes do Brasil. Veja bem, onde que vai ter psicólogo no interior da Amazônia para saber se a pessoa pode ou não usar uma arma”, disse.
Ataques virtuais
O senador também falou sobre os ataques virtuais que sofrem os que são considerados adversários de Bolsonaro. Omar disse que torce por ele, mas que é natural que os parlamentares do Congresso não concordem com todas as ideias do presidente.
“Quando você tenta ajudar o presidente, os aliados nos meios de comunicação dele, nos atacam de graça. Não podemos ver a discordância pura e simples como inimigo do Brasil”, disse.
Vídeo: TV Senado