Pesquisa Action: Vanessa lidera rejeição, vice marca 1% e José Ricardo cai

Foto: Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Carlos Almeida Filho (Rosiene Carvalho)
Foto: Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Carlos Almeida Filho (Rosiene Carvalho)

A pesquisa Action aponta que a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) registra a maior rejeição deste momento entre os pré-candidatos à Prefeitura de Manaus com 35,5%.

A pesquisa foi estimulada e os eleitores foram questionados sobre quais nomes eles não votariam de jeito nenhum para prefeito ou prefeita. Foi dado ao eleitor a possibilidade de ter duas opções, no quesito rejeição. A Action somou os percentuais das rejeições e estabeleceu um ranking entre os pré-candidatos que tiveram os nomes sondados nesta pesquisa.

Veja as rejeições dos pré-candidatos:

Além da marca da rejeição de Vanessa Grazziotin, as manifestações negativas a respeito do ex-deputado federal Alfredo Nascimento (PL) ajudaram a compor um novo panorama de rejeição para Amazonnino, nesta pesquisa.

A larga experiência em cargos executivos de Amazonino deu a ele muita bagagem e um percentual fiel de eleitorado nas eleições. No entanto, pendurou nele também um peso de rejeição. Este peso fez com que Amazonino sequer disputasse a reeleição em 2012 para prefeito de Manaus e foi algo contou a favor do outsider Wilson Lima, além da onda do novo, nas Eleições 2018.

Nesta pesquisa divulgada pela Action, Amazonino aparece em terceiro lugar no quesito rejeição com 20%. Alfredo marcou 21,5%.

No campo da esquerda, em que Vanessa lidera a rejeição, aparecem o deputado estadual e presidente estadual do PT, Sinésio Campos, com 11,1% e José Ricardo com 7,3%.

O presidente da Action Pesquisa de Mercado, Afrânio Soares, afirma que o alto índice de rejeição de Vanessa também está associado ao ativismo do eleitorado que simpatizou com o campo da direita e manifesta rejeição ao PT, em Manaus.

Nas Eleições 2018, mais de 65% dos votos válidos de Manaus, no segundo turno, foram em Jair Bolsonaro.

Por outro lado, apesar de ser do PT, José Ricardo se esquiva, na pesquisa, da alta rejeição que concentrada em Vanessa.

Entre os nomes da direita, o ranking da rejeição fica assim: Alberto Neto (6,2%), Romero Reis (5,1%). Josué Neto (3,8%) e Coronel Menezes (2,4%).

José Ricardo cai

A pesquisa Action aponta que o deputado federal José Ricardo que aparecia em segundo lugar nas pesquisas ao longo do ano passado, apresentou uma queda na intenção de votos.

Na espontânea, ele é o quarto nome mais lembrado, empatado tecnicamente com o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) e com o deputado Josué Neto (sem partido), num percentual de 1,3%.

Na pesquisa estimulada, José Ricardo ocupa o quarto lugar com 4,8%. É ultrapassado pelo Capitão Alberto Neto que fica com 6,4% da intenção de votos.

Membros do PT atribuem a queda de José Ricardo aos problemas internos do partido que soam para o público exterior como ameaça a sua candidatura.

Fora do partido, político acreditam que ainda é tímido alcance da comunicação de José Ricardo com o eleitorado de Manaus.

Em 2016, José Ricardo recebeu 113.939 votos para prefeito de Manaus, ficando em quarto lugar. Silas Câmara (Republicanos) ficou na frente dele e Serafim Corrêa (PSB) logo atrás. Os três na marca dos cerca de cem mil votos.

No ano seguinte, José Ricardo disputou o Governo do Amazonas e, embora o segundo turno tenha sido decidido entre Amazonino e Eduardo Braga, o petista ficou em segundo lugar em Manaus com 18,32% (152,8 mil votos).

Vice-governador fica com 1% dos votos

Nome do governo ativo nas articulações políticas e presente nas divulgações do governo nos veículos de comunicação de massa quando avaliam estar divulgando dados positivos, o vice-governador Carlos Almeida Filho (PRTB) não é lembrado pelo eleitorado na pesquisa espontânea e fica com 1% da intenção de votos na estimulada.

Há aliados de Carlos Almeida que avaliam que a falta de carisma dele pode ser compensada pelo apoio da máquina estadual numa disputa pela prefeitura de Manaus. O nº 2 do PTB e irmão do ex-deputado Roberto Jefferson, Ricardo Francisco, declarou ao blog que o partido quer que ele seja candidato a prefeito.

Para o pesquisador Afrânio Soares, a pressão da máquina estadual não resolve em Manaus.

“Só pressão de maquina, em Manaus, não resolve. Costumamos ver a maquina não resolver. A máquina da prefeitura tem como influenciar mais. Isso vamos ver um pouco mais adiante”, disse.

Afrãnio afirmou que a entrada do apoio da máquina no circuito eleitoral pode dar outros contornos a alguns nomes, para cima ou para baixo.

“Mas, se demorar muito a acontecer, este apoio talvez não venha a ter um resultado que se espera ter”, afirmou o pesquisador.

Sobre a pesquisa

Segundo a Action, foram realizadas entrevistas com 1.098 eleitores. A margem de erro amostral para um nível de confiança de 95% é de 3% para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no TRE-AM sob o Nº AM-03771/2020 no dia 17/03/2020.

A amostra foi obtida entre: 18/03 a 21/03/2020

Foto: Rosiene Carvalho