
O deputado estadual e vice-líder do Governo Wilson Lima, Saullo Vianna (sem partido) declarou que não rompeu com o presidente da ALE-AM, Josué Neto (PSD), após bate-boca dos dois em reunião na terça-feira, dia 10.
Gritos foram ouvidos pelos funcionários da ALE-AM que estavam do lado de fora da sala onde os deputados reuniram para acertar detalhes da votação.
“Pode bater na minha cara dez vezes que não brigo. Não sou de briga. Estou na política para fazer pontes”, declarou o parlamentar.
Dentro da sala, deputados estaduais que presenciaram a discussão informaram que a temperatura foi alta e que o debate, a princípio, era sobre a entrada na pauta do projeto que anistiava dívidas da Petrobras.
Segundo deputados da base aliada, a aprovação era necessária para que o Amazonas garanta nos cofres do Estado no dia 20 parte do valor negociado com a estatal.
O presidente da ALE-AM informou que recebeu contatos de representantes de outros poderes com relação à tramitação rápida do projeto. Segundo Josué Neto, após ele assumir a presidência da ALE-AM, uma atuação do governo em relação a outros poderes, desfez a resistência.
No primeiro momento, quando o projeto estava fora da pauta de votação do dia, Saullo Vianna apresentou pedido de urgência que foi apreciado pelo plenário, na condução da vice-presidente da ALE-AM, Alessandra Campelo (MDB), e foi aprovado.
Saullo Vianna disse que cumpriu sua função de vice-líder e que não guarda ressentimento do presidente da ALE-AM.
O deputado afirmou que Josué agiu de forma agressiva com ele como resultado de uma questão política mal resolvida com o partido dele, o PSD, no projeto de tentar ser candidato a Prefeito de Manaus.
“Descontou em mim e no mundo”, disse Saullo Vianna.
O deputado que foi expulso do Cidadania e está sem partido negou que tenha tido qualquer atitude para tirar o PTB-AM de Josué Neto. “Um deputado estadual não tem essa força em relação a um presidente de assembleia e pré-candidato”, disse.
Questionado se o apoio do vice-governador, Carlos Almeida Filho (PRTB), daria a ele a força que ele considera não ter, Saullo respondeu: “O PTB quer um candidato e eu não sou candidato no ano que vem”, declarou.
O vice-governador foi questionado sobre o assunto, mas não respondeu às mensagens enviadas ao celular 99XXXX-XX02.
Foto: Saullo Vianna – rede social