Polícia Federal realiza nova rodada de depoimentos na Operação Sangria

Polícia Federal (Foto: Amazonas Atual)
Sede da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas (Foto: Amazonas Atual)

A sede da Superintendência da PF (Polícia Federal) se agitou na tarde desta quinta-feira, dia 9, de novo. Último dia da prisão temporária domiciliar decretada para parte dos presos no dia da operação, na semana passada, novos depoimentos foram ouvidos a partir de intimações expedidas pelo delegado do caso.

Entre os depoentes, os presos no dia da operação e novos nomes, não divulgados pela PF.

Sem preventiva

Havia expectativa para eventual prisão preventiva, pedido em geral feito pela Polícia Federal em operações anteriores. Segundo a assessoria de comunicação da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), nenhum preso da operação Sangria deu entrada no sistema nesta quinta-feira, dia 9.

No sábado, dia 4, uma parte dos presos do dia da operação foi liberado e outra parte tive decretada nova prisão temporária domiciliar, pelo prazo de cinco dias, o que terminou nesta quarta-feira, dia 9.

Os que ainda cumpriam domiciliar eram o empresário da Vineria Adega Fábio José Antunes Passos, o ex-secretário executivo da Susam João Paulo Marques dos Santos, a ex-gerente de compras da Susam Alcineide Figueiredo Pinheiro e uma das sócias da Sonoar Luciane Zuffo Vargas de Andrade.

Sangria

No dia 30, a PF deflagrou a Operação Sangria que investiga o desvio de recursos que deveriam ser aplicados com urgência no sistema de saúde para enfrentamento ao Covid-19. A operação tem como foco o governador do Estado no Amazonas, Wilson Lima (PSC), no caso dos 28 respiradores inadequados comprados de uma fornecedora de vinhos com suspeita de sobrepreço.

Na operação, foi presa a ex-secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, outros funcionários da Susam e empresários. Houve cumprimento de mandado de busca e apreensão no gabinete do governador, na sede do Governo do Amazonas, na casa de Wilson Lima e ele próprio foi abordado pela PF no aeroporto de Brasília, quando teve o tablet e o celular apreendidos.

A PF chegou a pedir a prisão do governador. Nem PGR e nem STJ foram favoráveis, “por ora”.

Duas secretárias exoneradas

Após vir à tona a informação que um dos sócios da empresa Sonoar, suspeita de participação na irregularidade, Luiz Carlos Avelino Júnior, é marido da jornalista Daniela Assayag, a secretária deixou o cargo no domingo à tarde, dia 5.

Papaiz pediu exoneração após passar cinco dias presa em penitenciária do Amazonas cumprindo prisão temporária.

Todos negam que tenham cometido atos ilícitos.