
A Polícia Civil deve realizar na próxima segunda-feira às 16h, dia 18, uma simulação do dia em que o engenheiro Flávio Rodrigues foi assassinado.
A investigação suspeita que Alejandro Valeiko, enteado do prefeito de Manaus, Arthur Neto, um carro da Prefeitura de Manaus e o então funcionário da segurança do prefeito, Elizeu da Paz, tenham participação no homicídio.
Segundo fontes do blog, havia previsão de que a simulação pudesse ocorrer na quinta-feira desta semana, dia 14, mas, em função da agenda dos peritos, foi adiada para segunda-feira.
A simulação deve ser feita com todos os presos no caso, considerados pela polícia suspeitos no assassinato. Além de Alejandro, outros quatro homens que estiveram com Flávio na casa do enteado do prefeito cumprem prisão temporária.
O cuidador de Alejandro, Vittorio Del Gato, que teve soltura decretada também participará da simulação.
Na simulação, a polícia deve tentar refazer numa ordem cronológica, de acordo com a investigação e os depoimentos, de todos os momentos que antecederam o crime para tentar fechar a apuração de como Flávio foi assassinado.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que não poderia se posicionar sobre a simulação porque a investigação está em segredo de justiça.
Caso Flávio Rodrigues
Flávio foi encontrado morto num terreno no bairro Tarumã, com marca de seis facadas na costas, perna e barriga, horas após se reunir no dia 29 de setembro com outros homens na casa de Alejandro Valeiko. A casa de Alejandro foi o último local que Flávio foi visto vivo antes do homicídio.
O desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos afirmou, na decisão que determinou prisão temporária de 30 dias para Valeiko no dia 7 de outubro, que “fatos concretos evidenciam” participação dele no assassinato do engenheiro.
Elizeu da Paz foi considerado pelo delegado do 19º Dip (Distrito Integrado de Polícia), Aldeney Goes Alves, que iniciou as investigações e fez os pedidos de prisão, como suspeito de “autoria ou participação” no homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues e que pode ter usado veículo do executivo municipal no crime.
Elizeu era policial militar lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e foi exonerado duas semanas após ser preso. A defesa de Elizeu nega a acusação.
A polícia também pediu prisão temporária de Vittorio Del Gato (cuidador de Alejandro), Elizeu da Paz Souza (policial lotado na Casa Militar), Mayc Vinícius Teixeira Parede (amigo do policial), José Evandro Martins de Souza Júnior e Elielton Magno de Menezes Gomes Júnior. Os dois últimos estavam na casa de Alejandro, no dia do homicídio. Del Gato foi liberado.
Outra prisão ocorreu na última semana: um homem que, segundo a Polícia forneceu cocaína para ser consumida na casa do enteado do prefeito antes do assassinato.
Há duas versões para o caso, até agora, e ambas questionadas pela investigação. Uma apresentada pelo prefeito de Manaus, Arthur Neto, horas após o homicídio e outra apresentada por Mayc Parede que assumiu o crime e inocentou a todos, incluindo o enteado do tucano.
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