
Os vereadores da CMM (Câmara Municipal de Manaus) têm se queixado, uns aos outros, do tratamento recebido do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), nesta reta inicial das Eleições 2020. Reclamam que não têm sido “ouvidos e atendidos”.
Só
Há queixas também sobre o presidente da CMM, Joelson Silva (PSDB).
Os que se queixam dizem que presidente da Casa tem um perfil de atuação muito isolado. A CMM tem 41 vereadores. A maior parte deles deve concorrer à reeleição no ano que vem.
Investimentos em queda
Nesta segunda-feira, dia 17, o site do jornal Valor Econômico publicou matéria mostrando queda nos investimentos das capitais de Estados em todo País como reflexo da crise econômica.
O jornal aponta uma alteração no histórico de investimentos, considerando que o terceiro ano de mandato de prefeitos é sempre mais turbinado em obras em função da reeleição ou do apoio a um candidato do grupo no ano seguinte.
Em todo País, indica o Valor, os investimentos em 23 municípios tiveram um aumento de 7,2% em relação ao ano passado. Mas, quando comparado a 2015 (ano que precedeu a última eleição municipal), há uma queda nos investimentos de mais de 50%.
Manaus aparece, no gráfico, com investimentos em redução, em relação a 2015. Porém, sem se enquadrar no percentual médio levantado pelo jornal.
De acordo com dados publicados pelo Valor Econômico, Manaus recebeu, em obras, R$ 220,21 milhões em 2015, R$ 97,35 milhões em 2018 e R$ 169,82 milhões em 2019.
R$ 2 bilhões em obras
O secretário municipal de Finanças, Lourival Litaiff Praia, informou e o prefeito Arthur Neto tem falado ao longo deste ano que há previsão de investimento de R$ 2 bilhões em obras para 2019 e 2020.
Passagens de nível na Constantino Nery, Centro, e no Conjunto Manoa, Zona Norte, e operações de recuperação das ruas de Manaus estão entre as prioridades dos recursos.
Investimentos: “2020 será nosso auge”
Os recursos têm origem, segundo o secretário, em cortes que a prefeitura conseguiu fazer na administração municipal e outros previstos para ocorrer ainda neste um ano e oito meses de mandato, como diárias, passagens e custeio.
“Em 2016, fizemos investimentos fora da curva. Tínhamos capacidade para realizar. Em 2017, fizemos uma redução nos investimentos porque senão não conseguiríamos pagar a folha. Em 2018, controle. Em 2019 e 2020 será nosso auge”, declarou o secretário de finanças.
Em 2016, o prefeito concorreu e venceu as eleições municipais.
Sem conversa com governo, prefeitura vai procurar deputados
Há previsão que os recursos para investimentos este ano e 2020 venham por meio de convênios e empréstimos.
Além da busca de recursos das emendas impositivas de deputados estaduais no orçamento do Estado para 2020.
As perspectivas de investimento por meio de convênios com o Estado são baixas.
Foto: Site do MPC (Ministério Público de Contas)