
✔ A presença do governador Wilson Lima (PSC) na reunião com professores em greve da rede pública do Estado deu novo rumo às negociações para a volta às aulas . A interrupção das atividades na Educação completa hoje 23 dias com prejuízos ao aproveitamento escolar dos estudantes e à rotina das famílias.
✔ Ao final da reunião, mesmo com entendimentos diferentes sobre as resoluções a serem tomadas, todos demonstravam que pela primeira vez, desde o período que antecedeu a greve e durante o movimento, ocorreu um diálogo efetivo entre os lados.
✔ A reunião da tarde ontem com os professores foi convocada pelo próprio governador após pressão e recusa em sentar com os profissionais da educação. Uma das manifestações mais contundentes e negativas sobre esta postura de Wilson, avaliada internamente por membros do governo, foi a do arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani, na sexta-feira, dia 3.
✔ Em discursos no plenário da ALE-AM, ontem pela manhã, os líderes do movimento em greve convocaram deputados para o encontro com o governador. Quinze deles participaram da reunião que começou por volta de 14h30 e terminou às 19h30. A deputada Joana Darc (PR), uma das primeiras a chegar no governo, almoçou durante a mesa de negociação um sanduiche de drive thru e mascou chicletes como sobremesa.
✔ Nos primeiros momentos da conversa, deputados chegaram a avaliar que, em função do governador não apresentar nenhum ponto percentual a mais do que já havia sido rejeitado pela categoria, a reunião poderia ter um resultado desastroso. No decorrer do debate, consideraram que, no geral, o fato de Wilson se permitir falar com os professores foi um bom gesto.
✔ As propostas apresentadas ontem pelo governo mostram que a avaliação dos parlamentares é correta. Os pontos de entendimento entre governo e grevistas já haviam sido discutidos em reuniões anteriores com vice-governador e chefe da Casa Civil, Carlos Almeida Filho (PRTB), e o secretário de Fazenda, Alex Del Giglio. A diferença foi a presença de Wilson Lima e o encaminhamento para a criação de uma comissão formada por profissionais da educação, deputados e representantes do governo.
✔ O governador tem como ponto favorável a ele saber ouvir e conversar com a população, em função da formação e atuação profissional antes de ser eleito para o Executivo. A habilidade tem sido pouco usada pelos articuladores políticos do grupo dele. Na reunião, foi possível ver em detalhes como gestos naturais de Wilson geram empatia que deram a ele expressiva votação nas urnas.
✔ A Assprom (Associação dos Professores de Manaus) procurou demonstrar com rapidez sua tendência por uma resistência maior na continuidade da greve para pressionar o governo a ampliar o percentual de reajuste. A associação emitiu nota “lamentando” que o governo não tenha apresentado uma proposta melhor na data-base de 2019, que os 4,73%. Na ALE-AM, lideranças da Assprom falaram de irregularidades na Seduc e sugeriram CPI na pasta comandada por Luiz Castro (REDE), considerado aliado da categoria, na greve passada.
✔ Movimento grevista deu sinais ontem de preocupação com desmobilização de professores. Falas na ALE-AM e no protesto em frente do governo, à tarde, conclamavam repetidamente todos a permanecerem em greve e no apoio ao movimento para uma vitória coletiva. Também lamentavam os que não estavam ativos nas ações da paralisação. Ressaltavam que seriam de igual forma beneficiados pela greve.
✔ A conversa entre governo e grevistas teve vários momentos que davam conotação de uma espécie de DR entre os lados e volta a pontos que estancavam o prosseguimento da negociação. Em dois momentos, o presidente da ALE-AM, Josué Neto (PSD), e a vice-presidente, Alessandra Campelo (MDB), fizeram intervenções que destravaram os impasses.
✔ O governador Wilson Lima (PSC) lança pacote de austeridade e escala como vilões do orçamento o pagamento da folha e de fornecedores: “O Estado se tornou gestor de um grupo de 130 mil servidores e fornecedores, enquanto que temos que governar para todo o Estado, com mais de 4 milhões de pessoas”’.
✔Meta do governo é economizar, no mínimo, R$ 50 milhões ao mês, o que daria R$ 600 milhões em um ano. Cortes vão atingir gastos de telefone, aluguéis de veículos, luz, diárias e cargos comissionados.
✔ Dez anos após a denúncia por parte do MP-AM e depois de não ocuparem mais cargos políticos, os irmãos e ex-deputados Carlos Souza e Fausto Souza foram condenados a 15 anos de prisão e multas por associação para o tráfico na justiça amazonense.
✔ A Folha de São Paulo destaca a entrada no ar no Netflix da série “Killer Ratings” sobre a vida do ex-deputado amazonense Wallace Souza, que morreu em 2010. O ex-deputado estadual foi cassado na ALE-AM e investigador por envolvimento em crimes. A matéria sobre o seriado informa que Wallace é acusado de participar de encomendas de mortes para exibí-las no programa “Canal Livre”, apresentado por ele e os irmãos, o que será o foco do seriado.
✔ O senador Omar Aziz (PSD) e o deputado federal Marcelo Ramos (PR) partiram para o ataque ao ministro da Economia e ao Governo Bolsonaro nesta terça-feira, dia 7.
✔ Os dois parlamentares da bancada do Amazonas ocupam neste momento espaços de importância para o assunto de maior interesse no campo econômico do governo: a Reforma da Previdência. Omar preside a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado) e Marcelo Ramos é presidente da Comissão Especial sobre a Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
✔ O pano de fundo foram os números que Paulo Guedes usou na mídia nacional sobre a Zona Franca de Manaus e os ataques que o ex-comandante do Comando Militar da Amazônia e do Exército, general Villas Boas, sofreu do guru do presidente Bolsonaro, Olavo de Carvalho.
✔ “Os números que o senhor Paulo Guedes diz são questionáveis. Ele não tem noção do que fala (…). Ele chuta. É mais fácil a gente pegar um mentiroso que um coxo. A pessoa mente, e como tem visibilidade nacional, a mentira vira uma verdade. O Paulo Guedes brica ao falar em números. Ele, quando se posiciona, mente. Ele mente”, disse Omar sobre o ministro da Economia.
✔ Marcelo Ramos postou no Twitter: “O Brasil precisando discutir a Reforma da Previdência e a o Presidente da República preocupado com armas pra caçadores e defesa do Olavo de Carvalho. Um presidente precisa ter noção de prioridade”.
📌 De segunda à sexta-feira às 8h20 ao vivo na 93.7. Confira o podcast da coluna de Polícia na rádio Band News Difusora abaixo: