Professores querem que ALE faça canal com governo considerado “intransigente”


Professores em greve na galeria da ALE-AM. Foto: Divulgação Assprom

Professores e profissionais da Educação lotam a galeria da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) na manhã desta terça-feira, dia 16, e pedem aos deputados e deputadas que façam a interlocução com o Governo do Estado para que os profissionais da área tenham suas reivindicações atendidas no debate sobre a data-base de 2019.

“Queremos dizer nesta casa, hoje, que viemos buscar apoio e parceria. Entendemos que o Poder Legislativo é altivo, é soberano e tem condições de intermediar junto ao governo do Estado um diálogo que neste momento está interrompido”, declarou o representante da Assprom (Associação dos Professores de Manaus), o professor Lambert Melo.

O professor indicou que a interlocução independente da ALE-AM se fez necessária em função da “intransigência” do governo.

“O governo intransigente se tornou responsável pela segunda maior greve do Estado do Amazonas, dos trabalhadores de Educação. Queremos dizer à sociedade, que esta greve não foi planejada e desejada por nós. Está ocorrendo infelizmente porque o governo foi irresponsável e insensível e não teve a capacidade de entender as necessidades desta categoria”, disse o professor.

O representante da Assprom também repudiou a decisão judicial que “criminalizou” o movimento de professores que busca melhoria salarial e defendeu uma auditoria nas contas do governo.

“Nós não acreditamos que não tem dinheiro e está acima do limite máximo. Queremos uma auditoria externa”, disse.

Os deputados Sinésio Campos (PT) e Dermilson Chagas (PDT) fizeram o elo e foram atendidos pelo presidente da ALE-AM, Josué Neto (PSD).

Os professores usaram a tribunal por quase uma hora para se posicionarem sobre a greve da categoria.

Após os professores ouvirem palavras de apoio de deputados estaduais, o deputado Dr Gomes (PRP) pediu a palavra para ler uma nota da Seduc (Secretaria de Estado de Educação).

A nota informava os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal aos Estados que ultrapassam o limite máximo de gasto com a folha de pagamento impede o aumento que os professores querem.

Sinésio Campos apelou que o presidente da ALE-AM, Josué Neto, fosse o interlocutor em função da falta de líder.

“Esta casa esta acéfala de líder de governo. O governo está mudo aqui”, disse.

Fotos: Divulgação Assprom e assessoria de comunicação Dermilson Chagas

Professores em greve na galeria da ALE-AM. Foto: Divulgação Assprom
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Professores em greve na galeria da ALE-AM. Foto: Divulgação Assprom