
O deputado federal e líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), declarou, em entrevista à Rádio Band News Difusora (93,7), que toda a bancada do partido, formada por 55 parlamentares, votará em favor da ZFM (Zona Franca de Manaus) na reforma tributária.
“Se tem um partido que, com seus 55 deputados e deputadas, é 100% parceiro do Amazonas na questão da Zona Franca, esse partido é o Partido dos Trabalhadores”, declarou Paulo Pimenta.
A entrevista foi ao ar na Coluna de Política da Rádio Band News Difusora às 8h20 desta sexta-feira, dia 23.
Pimenta destaca José Ricardo
O líder do PT na Câmara dos Deputados também elogiou o deputado federal do Amazonas e pré-candidato à Prefeitura de Manaus, José Ricardo. Pimenta disse que o parlamentar consegue liderar a maior bancada da Câmara em favor da ZFM.
“Determinados temas são temas nacionais. O deputado José Ricardo, por exemplo, é o único deputado da nossa bancada aqui no Estado. Mas ele consegue ter um protagonismo de ser o porta voz da maior bancada do Congresso Nacional no tema da ZFM”, declarou.
“PT reconhece ZFM como modelo bem sucedido”
O deputado destacou que o PT tem posicionamento favorável à ZFM e ao Amazonas desde os governo Lula e Dilma.
“O PT é muito tranquilo nessa questão. Durante o governo do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma demonstramos isso na prática com a renovação dos benefícios, primeiro por dez anos e depois mais 50 anos. Nossa bancada, de maneira unânime, já escreveu emenda na reforma tributária reconhecendo a manutenção deste modelo”, declarou.
O deputado Paulo Pimenta disse que o partido reconhece o modelo ZFM como “bem sucedido”. “Inclusive, aprendemos que boa parte dessa preservação ambiental que o Estado do Amazonas tem se deve a este modelo de desenvolvimento da ZFM”, afirmou.
Frente ampla em defesa da Amazônia
Paulo Pimenta, na entrevista, declarou que a Amazônia virou uma tema prioritária para o partido e que é de interesse de políticos e partidos de direita também, em função dos posicionamento do Governo Bolsonaro sobre o tema.
“A questão da Amazônia, neste momento, extrapola o campo da esquerda. Nós temos que trabalhar desta maneira. Nós, os partidos de esquerda, o PT, o PCdoB, PSOL, PDT, PSB temos juntos 140 parlamentares. Mas esse é um tema que tem apoio de muitos parlamentares que estão em outros partidos , que tem uma compreensão. É quase uma disputa da civilização contra a barbárie. Então, temos que ampliar esta pauta”, declarou.
O líder do PT na Câmara afirmou que o posicionamento em sentido contrário ao que o governo atua é importante para fortalecer as instituições.
“O Rodrigo Maia criou hoje uma comissão que vai acompanhar a matéria. É um gesto institucional. Enquanto o Bolsonaro, diz que isso é uma ação de ongueiros, porque perderam uma boquinha, o presidente da Câmara cria uma comissão para pensar junto com a população do Amazonas, como agir nessa história”, declarou.
O deputado disse que o fortalecimento da luta institucional pode evitar os danos ao patrimônio ambiental.
“Então, nós temos que fortalecer essa luta institucional, buscar o apoio internacional e mostrar para as pessoas a gravidade do que está sendo feito. A nossa presença fortalece muito isso”, declarou.
Paulo Pimenta chamou de “insanidade” as ações do governo que fragilizam as fiscalizações e o combate à degradação da floresta.
“Acredito que vamos ter força o suficiente para coibir essa verdadeira insanidade que tem sido o Governo em retirar fiscais, em impedir ação de fiscais, em retirar equipamentos que eram utilizados de maneira permanente. Helicópteros, radares, foram retirados da região”, disse.
Eleição interna no PT
Paulo Pimenta participou na noite desta quinta-feira, dia 22, na ALE-AM dos debates da região norte entre as chapas que disputam a eleição interna do PT para escolha do novo diretório nacional do partido.
“Esse debate está sendo muito bom num momento importante para a vida do País. A Amazônia em chamas é um tema internacional, o dia do fogo assusta as pessoas. Porque elas começam a imaginar que de fato esse é um governo que não tem limites. Precisa ser contido e é para isso que a gente está aqui”, declarou.
Ele afirmou que o processo democrático de escolha de dirigentes do PT fortalece o partido.
“O PT tem essa característica única de ser um partido que oferece a todos os seus filiados a oportunidade de decidirem de maneira plena o futuro do partido. Meu voto tem mesmo peso que qualquer filiado. Essa democracia que dá a força que temos. Vamos realizar uma eleição interna com mais de 300 mil pessoas. Estamos percorrendo o Brasil e fazendo debates regionais”, afirmou.
Foto: PT – Divulgação