Sem ser investigado, imagem de líder de pesquisas entra no moinho

Ex-deputado estadual David Almeida. Foto: Divulgação

A Operação Bilhete Premiado do MPE-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) e a coletiva dos promotores responsáveis pela investigação trouxeram com ênfase a pauta de suspeita de irregularidade na contratação de empresa pela Suhab e uma possível tentativa de que dinheiro público fosse usado sem retorno para o Estado no governo interino de David Almeida (Avante).

A pauta da suspeita de corrupção é colocada de volta em toda mídia. O nome de David não aparece entre os investigados e nem entre os que foram alvo desta primeira fase da investigação.

Porém, os esclarecimentos dos responsáveis pela investigação colocados sobre a operação à mídia não descartam nenhuma hipótese de novas operações e de outros envolvidos no episódio no decorrer da apuração em curso. Apesar de indicarem que o dinheiro não saiu dos cofres públicos.

O nome do David não está nas investigações, mas a imagem dele é a que ficou em evidência a partir da deflagração da operação nesta terça-feira, dia 18.

De uma forma negativa, por óbvio. E, ainda que não seja citado, a cada possível nova fase e informações desta investigação o nome, a imagem e a reputação de David entrarão novamente no moinho da aferição pública.

A ameaça que surge à imagem dele, portanto, neste caso é clara no momento em que David começou a caminhada para as Eleições 2020 e lidera todas as pesquisas pré-eleitorais.

O caso ocorreu em 2017 e foi levantado em 2018 pelo Governo Amazonino Mendes. A contrato de R$ 5 bilhões não foi pago pelo então governador.

Foto: Divulgação