Presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro dos Transportes, Tarcísio de Freitas
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), questionou os senadores do Amazonas e membros da CPI da Pandemia Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB) sobre como seria o estado e Manaus sem a ZFM (Zona Franca de Manaus). O modelo econômico com incentivos fiscais para indústrias é a espinha dorsal da economia no Amazonas.
A pergunta foi feita durante a live que o presidente fez nesta quinta-feira, dia 20.. Ao falar o nome de Omar, o presidente da CPI da Pandemia, Bolsonaro o classificou como aquele “que fala tanto na CPI”. Omar é o presidente da CPI da Pandemia.
“Hein senador Aziz, você que fala tanto aí na CPI, senador Eduardo Braga imaginem aí o estado ou Manaus sem a Zona Franca de Manaus?”, perguntou o presidente.
Bolsonaro falava sobre agricultura e Embrapa. Passou a citar obras e decisões dos governos militares e citou a ZFM.
“A Embrapa que nasceu no governo militar. O pessoal critica tanto essa coisa de ditadura, não sei o que, não sei o que. A Embrapa começou lá com o (Emílio Garrastazu) Médice. A ponte Rio Niterói foi com o Médice também. Zona Franca de Manaus. Imagine Manaus sem a Zona Franca”, disse.
“Menezes: sério, honesto e decente”, diz presidente
Na sequência, o presidente faz uma clara provocação aos dois senadores do Amazonas, que são membros da CPI, ao “aproveitar” o momento e mandar abraços para o aliado Coronel Menezes. O presidente disse que Menezes é um homem sério e que, o estado tem boa gente que se interessa por política.
O presidente destacou com tom de voz alto atributos de Menezes, segundo ele: “decente, sério e honesto”.
Bolsonaro também falou sobre os votos que o coronel teve na eleição passada e disse que o aliado e pré-candidato ao Senado em 2020 não vai ficar vendo o barco passar. Menezes também figura como possibilidade para disputar o governo do estado. Omar é pré-candidato a disputar sua reeleição, quando estará em jogo apenas uma vaga. Braga é pré-candidato ao Governo do Amazonas.
“Aproveitar o momento e mandar um abraço para o Coronel Menezes. Fui padrinho de casamento dele. Concorreu à Prefeitura de Manaus. Teve 11% (de votos). É uma grande liderança política: séria, decente, honesta e se apresenta. Então, o estado do Amazonas aí, pode ter certeza, tem boa gente aí no estado que se preocupa com política, que não pretende ver o barco passar, ver o que acontece em seu estado e ficar calado”.
Durante a live, o presidente criticou a CPI e disse que só não ia falar o que pensa da mesma porque não pegava bem a um presidente e que queria voltar a ser deputado para dizer o que pensa. Depois, o presidente afirmou que poderia resolver o problema da CPI se desse à “imprensa canalha do País” a verba que retirou. Bolsonaro também atacou membros da CPI da oposição como o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE).
CPI da pandemia
A CPI da Pandemia tem representado desgaste para o Governo Bolsonaro na mídia e na opinião pública num momento em que pesquisas apontam má avaliação do governo e crescimento de seu principal adversário nas urnas, o ex-presidente Lula.
Aliados de Bolsonaro no Congresso até o momento e classificados como “independentes” pela mídia nacional, os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz tiveram grande visibilidade na mídia nos últimos dias em função dos posicionamentos durante depoimentos de ex-ministros nas questões investigadas relativas à segunda onda e a falta de oxigênio em Manaus.
Acho engraçado que os responsáveis pela situação da saúde no Amazonas estar desse jeito, ficam agora de conversa fiada achando que o povo e besta. ( Senador Eduardo e Omar, ex governadores do Amazonas).
O nome que podemos atribuir ao comportamento e oratória do Sr. Bolsonaro é : chantagem política!
Apenas para lembrar a ZFM, segundo a Constituição, está preservada até 2073. Isso poder ser discutido no STF, se for o caso.
Não sou a favor de Omar e Eduardo Braga, são senadores do meu estado, mas o presidente Bolsonaro é um genocida, sem competência, se projeto e proposta de governo, e ainda não desceu do palanque, enfim um desastre para a democracia.