TRE-AM cassa registro de Adail Filho e Coari terá nova eleição para prefeitura

Depois de dois desembargadores se julgarem suspeitos, o TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) negou o registro de candidatura do prefeito eleito de Coari Adail Filho (PP) e o município terá nova eleição. A decisão foi unânime.

A decisão foi tomada na sessão desta sexta-feira, dia 18, depois que o julgamento foi suspenso três vezes. Na primeira sessão, Adail Filho recebeu votos contrários a seu registro por parte dos desembargadores eleitorais Marco Antônio Pinto, Victor Liuzzi e Márcio Cavalcante. O julgamento foi suspenso com o pedido de vista do deseembargaddor Elci Simões.

Na sessão seguinte Elci, alegando que teria de tomar medidas judiciais e sem entrar em detalhes, se julgou suspeito. Há dez anos Elci recebeu uma censura, como punição do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por ter votado favorável a Adail Pinheiro num processo no TRE-AM em troca de blusas e ingressos para desfile de uma escola de samba no Rio de Janeiro.

Na sessão em que o processo ia voltar a ser analisado, o desembargador que substituiu Elci Simões, Jorge Linz também se julgou suspeito e mais uma vez o processo não foi analisado.

Nesta quinta, o caso recebeu votos de todos os julgadores contrários ao registro de Adail Filho. Votaram contra, nesta sexta, a desembargadora Gisele Pascarelli, o desembargador Fabrício Marques, o desembargador Sabino Marques e o desembargador Aristótles Thury.

Com isso, o TRE-AM terá de marcar e realizar nova eleição. No dia primeiro, quando acaba o mandato atual de Adail Filho, assumirá o exercício do cargo o presidente da Câmara Municipal de Coari.

Adail Filho é acusado de ter sido eleito em 2020 no terceiro mandato consecutivo da família porque o pai se elegeu em 2012 e ele em 2016. A defesa do prefeito alega como o segundo colocado assumiu quando o Adail Pinheiro foi cassado. O parecer do MPE (Ministério Público do Estado) foi no sentido que não houve terceiro mandato.

Um comentário
  1. Nova eleição em Coari: O judiciário mais caro do mundo e também o mais moroso acaba de criar mais despesas ao povo (quem paga a conta).
    Todo mundo sabia que Adail Filho era inelegível e ainda assim o TRE garantiu o seu registro, criando problema onde não havia problema.
    O resultado disto tudo: descrédito

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