
O TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas) começou a julgar o recurso do deputado estadual Saullo Vianna (Cidadania) contra decisão anterior que autorizou a quebra do sigilo bancário dele.
O pedido é parte dos processos que o suplente de Saullo Vianna, o Coronel Amadeu, move pedindo a cassação do mandato do deputado.
O início da análise foi na terça-feira, dia 4, numa sessão fechada.
Quando o caso começou a ser analisado pelos desembargadores eleitorais, pessoas alheias ao processo saíram do plenário do TRE-AM e a transmissão da sessão pelo YouTube foi interrompida.
O julgamento foi suspenso com o pedido de vista da desembargadora eleitoral Gisele Pascarelli.
Pedido de Cassação
Os pedidos do Coronel Amadeu, segundo documentos que a reportagem teve acesso, são de quebra do sigilo fiscal e bancário do deputado Saullo, das empresas e de parentes do parlamentar.
Amadeu, que recebeu 10.970 votos nas Eleições 2018, é suplente da vaga de Saullo Vianna, eleito com 27.880 votos.
O coronel, para tentar assumir no lugar do colega de partido, alega que Saullo se elegeu cometendo irregularidades como abuso do poder econômico e compra de votos.
Há suspeita de que um funcionário da justiça eleitoral tenha atuado na oferta de vantagens ao parlamentar eleito.
Deputado nega irregularidades
Em entrevista à Rádio Band News Difusora, em janeiro deste ano, Saullo Vianna negou que tenha comprados votos e cometido irregularidades no pleito de 2018.
O deputado disse que essas são práticas da “velha política” e ele faz parte de uma nova geração no parlamento.
Saullo Vianna diz não conhecer o funcionário do TRE-AM e afirmou que os advogados dele vão repor a verdade.
Prisão
O deputado ficou cinco dias presos no final do ano passado em função de investigações que iniciaram na Justiça Federal, passaram à eleitoral e podem voltar à origem.
Além de outras acusações, Amadeu quer que toda a investigação que ocasionou a prisão de Saullo Vianna também seja parte dos pedidos de cassação na justiça eleitoral.
Os processos tramitam em segredo de justiça.
Foto: Divulgação ALE-AM/Facebook