
Inicialmente rejeitado em agendas do ministro Sérgio Moro no evento de secretários de Justiça fora da solenidade de abertura, o governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) esteve ao lado do ex-juiz na primeira fala dele com jornalistas após as matérias do site The Intercept Brasil revelando escândalos nos bastidores da Operação Lava Jato.
A primeira aparição pública do ex-juiz após as publicações dos vazamentos de conversas entre Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato foi em Manaus e ele estava claramente abatido com a repercussão do caso.
Mal estar
Um mal estar ocorreu nas últimas definições, no domingo, dia 9, na organização da 3ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária.
Fontes do Palácio, informaram que partiu do ministério questionamentos sobre a convergência das agendas do governador e do ministro na coletiva e na visita ao Compaj.
O Governo manteve sua decisão de acompanhar a visita ao presídio.
Um dia após o outro
Com a reviravolta das publicações dos vazamentos, a equipe do ex-juiz demonstrou alívio por ele não estar só na entrevista com a mídia.
Quando pressionado pelos questionamentos dos jornalistas, Moro deixou a coletiva, Wilson Lima deu retaguarda. Assumiu o microfone e destacou os pontos positivos da vinda do ministro ao Amazonas.
Declarações
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, recebeu a solidariedade também do senador Omar Aziz (PSD) e do prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Bastidores do Compaj
Na visita ao Compaj, o ministro passou próximo aos detentos sem, no entanto, falar ou ouvir os mesmos. Os presos estavam nas celas trancadas e de costas para as autoridades.
Sérgio Moro também foi ao exato local onde ocorreram as execuções na frente dos parentes dos presos mortos no dia 27 de maio. Fez perguntas sobre como ocorreram as mortes.

Estrutura
Moro também fez questionamento sobre a estrutura do prédio. Disse que pretende começar pelo Amazonas uma análise sobre as adequações e condições dos presídios às necessidades locais, que deve ser feita em todo País.
Sérgio Moro também conheceu outras oficinas de trabalho dos presos do Compaj, a horta orgânica mantida pelos detentos e terminou a visita comendo o pão produzido pelos detentos.
O ministro afirmou aos políticos que o acompanharam na visita ao presídio que quer saber como pode ajudar o Estado do Amazonas.
Polícia Federal
A última parada de Sérgio Moro em Manaus foi na sede da Superintendência da Polícia Federal. No local, evitou jornalistas e teve um demorada conversa com o superintendente da PF-AM, Alexandre Saraiva.
Foto1: Joel Arthus/ALEAM
Foto2: Governo do Amazonas/Divulgação